Oferta restrita de animais e falta de crédito estabiliza preço de boi gordo

Analista de mercado não acredita em mudanças de preço a curto prazo A baixa oferta de animais para abate e a instabilidade econômica estão mantendo os preços do boi gordo em patamares praticamente fixos nos últimos dias. Nesta quarta, dia 15, o arroba está cotada a R$93,00 em São Paulo, R$90,00 em Mato Grosso do Sul e R$86,00 em Goiás, com pouca variação em relação aos últimos dias. Conforme a analista de mercado Maria Gabriela Tonini, há poucos animais criados a pasto em ponto de abate em razão da má qualidade do campo em boa parte do país. – Nessa época, na maior parte do país o pasto está em condições muito ruins. Há pouco animal em pastagem pronto – explica. No caso do gado criado em confinamento, a falta de animais se dá em função da concentração existente na área – poucos confinadores detêm a maior parte do gado pronto, o que dificulta o acesso por alguns frigoríficos. Sobre os rumores de que fornecedores estariam relutantes em repassar gado para alguns frigoríficos por causa da inadimplência, Maria Gabriela explica que estão sendo registrados atrasos e falta de pagamento especialmente em estabelecimentos de pequeno e médio porte, com menor capacidade financeira. – Há um certo receio de venda para alguns frigoríficos, especialmente os de menor porte. Não são todos, mas já há comentários sobre atraso de pagamentos. Outros que compravam sempre à vista também estão pedindo prazo em função das dificuldades de crédito provocadas pela crise – destaca a analista. Com um cenário de abates reduzidos e preços estáveis, a perspectiva é de que o mercado não se movimente muito nos próximos dias. – Há baixa possibilidade de alta de preço no curto prazo – conclui a analista Maria Gabriela Tonini. Fonte: Canal Rural. Agronegócio. 15 de outubro de 2008.
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