• Quinta-feira, 28 de março de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Ações da Laep fecham em queda de 18,18% na Bolsa, cotadas a R$0,27


Terça-feira, 30 de setembro de 2008 - 11h14

As ações da Laep Investments, controladora da Parmalat Brasil, despencaram 18,18% ontem e o papel fechou o dia valendo R$0,27 na Bovespa. O desempenho da companhia na Bolsa, que já não vinha bem e desde o mês de abril a ação valia menos de R$1,00, ficou ainda mais prejudicado com o efeito da crise de crédito norte-americana. No final do ano passado, quando a Laep abriu capital na Bolsa, o papel estava cotado a R$7,00. Segundo avaliação de Peter Ho, analista da corretora Planner, a Parmalat se torna, cada vez mais, alvo de aquisições. O cenário de restrição de crédito não refresca em nada a situação da empresa. “A empresa deverá ser alvo de aquisições das grandes companhias do setor no futuro”, comenta. “No entanto, não é algo que deva acontecer agora. Pode demorar anos, por conta do processo judicial em andamento”, completa. A Perdigão é outra companhia que atua no segmento de lácteos após a aquisição da Eleva. O papel da companhia desvalorizou 6,86% na Bolsa ontem, para R$33,80. Segundo analistas, assim como outros setores da economia, o segmento de lácteos vai sofrer impacto com a restrição de crédito. É um momento em que o Brasil está apostando para ampliar suas exportações do produto e a produção alcançou excedente estimado em 1,5 bilhão de litros pela primeira vez. “O primeiro impacto é a redução do volume de investimentos. Há empresas querendo apostar nesse setor no Brasil, mas com recursos mais escassos o movimento enfraquece”, diz Richard Brostowicz, diretor do departamento de Business Intelligence da AgraFNP. No que diz respeito ao desempenho das exportações do setor, ainda pouco significativas em relação à produção, as conseqüências não devem ser tão ruins em um primeiro momento. Segundo dados da AgraFNP, os embarques foram de 940 milhões de litros frente à produção de 26,7 bilhões de litros, em 2007. O principal mercado para as exportações é a Venezuela. Segundo Maurício Nogueira, da Scot Consultoria, é difícil mensurar reflexos da crise agora. “O principal mercado tem a economia baseada no petróleo, não acredito que seja tão afetada agora. Mas os países africanos, também grandes importadores, contam com ajuda de bancos estrangeiros”, avalia. O Brasil ainda não exporta leite e derivados em volume substancial para os EUA. Primeiro estudo sobre o setor divulgado ontem pela AgraFNP, aponta que o Brasil poderá triplicar o excedente exportável em dez anos, para 2,64 bilhões de litros. Fonte: DCI. Agronegócios. Por Érica Pólo. 30 de setembro de 2008.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja