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Scot Consultoria

Preço do leite cai no mercado brasileiro e indústria está sob pressão, avalia consultor


Sexta-feira, 29 de agosto de 2008 - 15h34

Para Maurício Nogueira, da Scot Consultoria, queda de preços foi maior que o previsto, mas não chega a ser alarmante O preço do leite sofreu forte queda, de acordo com Scot Consultoria. A redução média registrada entre empresas de São Paulo, Minas e Goiás foi de R$0,08 por litro (-10,14%). No acumulado dos últimos três meses, a queda foi de 25%. O preço pago ao produtor também caiu e, segundo a Scot Consultoria, pela primeira vez neste ano, a média ficou abaixo da registrada no ano passado. Em agosto, a redução foi de 5,4%, com o valor ficando em R$0,68 por litro. Para a Scot, os motivos são os altos estoques das indústrias e a demanda em queda. Em entrevista ao Agribusiness Online nesta sexta, dia 29, o consultor Maurício Nogueira ressaltou, porém, que apesar de ter superado as previsões, a queda nos preços era esperada. - Pode ser que fique inferior (ao preço de 2007), mas não acredito em um preço que seja alarmante para o produtor. Ainda é uma atividade remuneradora, apesar dos custos de produção, que aumentaram muito neste ano. O produtor que trabalha direitinho consegue bom resultado na fazenda. Segundo Maurício Nogueira, a indústria do setor está sob pressão. - A indústria não tem como baixar muito o preço da matéria-prima, senão vai ter problemas, como ocorreu em 2007. Então ela tenta segurar preço ao produtor. Tanto que o preço do leite caiu na média, mas os produtores que garantem produção, mantêm a atividade com tecnologia e qualidade, o preço deles caiu menos. O analista da Scot Consultoria descartou a influência das importações sobre os preços do leite no mercado brasileiro. E considerou desnecessária a adoção de medidas que controle a comercialização de produtos lácteos no Mercosul. - Vão tomar uma medida equivocada, que não vai mudar nada. Não tem hoje importação de leite prejudicando preço no Brasil e, por enquanto, parece que não vai ter. Leilão Maurício Nogueira, da Scot Consultoria, comentou também o resultado do leilão do gado apreendido pela Operação Boi Pirata, do Ministério do Meio Ambiente. Depois de quatro tentativas, o Ibama conseguiu vender as mais de 3 mil cabeças confiscadas da Estação Ecológica Terra do Meio, no Pará, por quase R$1,3 milhão. O consultor disse discordar de ações como a realizada pelo governo e avaliou que a dificuldade em vender os bois foi um sinal dado pelo mercado. - Não se brinca com o mercado. Acham que a coisa é simples, que se faz um carnaval desse, ainda se tenta vender mais caro que o normal, um negócio que chamam de Boi Pirata. Evidente que a coisa ia acontecer desse jeito e, pra vender, teria de ser um bom negócio para quem fosse comprar. Nogueira acrescentou que ações como a Operação Boi Pirata prejudicam a imagem da pecuária brasileira. Para ele, o necessário para a região onde o gado foi apreendido é o que chama de trabalho sério, com pesquisa e tecnologia. - Uma ação desse tipo vai na contramão do que a gente espera que seja o desenvolvimento da pecuária na região Amazônica. Fonte: Canal Rural. Pecuária. 29 de agosto de 2008.
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