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Scot Consultoria

Crise financeira atinge em cheio grãos


Segunda-feira, 22 de setembro de 2008 - 10h35

Quem diria que a falência de um banco de Wall Street (coração financeiro dos EUA, e do mundo também) diminuiria o preço da saca de milho de um produtor do Brasil. Mas foi exatamente o que aconteceu, informa a Scot Consultoria. “Não, as variáveis do mercado ainda não foram alteradas: exportações permanecem aquecidas nos portos dos Estados Unidos, estoques finais das principais commodities agrícolas mais ajustados do que na época do recorde de preços históricos, mas a demanda, bom, essa ainda não se sabe qual será o impacto, e essa foi exatamente a variável que deixou em dúvida os investidores”, destacam os analistas. A questão da demanda está intrinsecamente ligada ao crédito, que por sua vez está intrinsecamente ligado ao crescimento econômico, especialmente dos países emergentes. “Uma diminuição de capital disponível no mercado internacional diminui a possibilidade de investimentos, que por sua vez geram menos empregos, que por sua vez não dão chance para um maior consumo, e assim por diante”, comentam. “Resumindo, o grande motivo para a demanda mundial por alimentos tão aquecida foi o crescimento econômico, impulsionado pelo crédito fácil de agentes financiadores internacionais (entenda-se também os principais bancos de Wall Street). Mais dinheiro na economia, mais comida na mesa. Agora que a fonte secou, investidores em dúvidas sobre os desdobramentos da crise, liquidam suas posições e esperam uma nova tendência de mercado ser definida”, alertam. Há quem diga que países como Brasil e Rússia estão bem protegidos da crise e que pouco sentirão seus efeitos, e há quem diga que o BRIC (principais países emergentes formados pelo Brasil, Rússia, Índia e China) serão os novos “pilares” do aquecimento global. “Até agora grãos (como a soja e o milho) já sofreram desvalorização de mais de 30% na Bolsa de Chicago (CBOT), mas é importante ressaltar que ainda se situam acima de média histórica no mercado internacional, e o aumento de 20% na cotação do dólar nas últimas duas semanas sustenta o preço no mercado interno. Ao menos, por enquanto, a crise chegou de forma “amenizada” aos produtores brasileiros”, concluem. Fonte: Jornal Mato Grosso do Norte. Agronegócio. 22 de setembro de 2008.
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