• Sábado, 20 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Mais oferta faz cair preço do leite pago aos produtores


Segunda-feira, 16 de junho de 2008 - 10h42

Após trajetória de alta, o preço do litro de leite pago ao produtor está sendo reajustado pela indústria, devido ao aumento da oferta. Neste mês, os produtores contabilizam um recuo médio de 4% no valor do alimento. Em maio, o preço médio registrado foi de R$0,78 por litro, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O preço, no entanto, pode variar conforme a região e a indústria que capta o produto. "O pior é que o preço dos insumos estão subindo", reclama Geralda Serra Machado Maciel, proprietária de uma fazenda de leite em Pompéu, na região Central de Minas Gerais, uma das maiores bacias leiteiras do Estado. A fazenda produz até mil litros de leite por dia. O presidente da Comissão Nacional da Pecuária de Leite da CNA, e vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Rodrigo Alvim, não crê em queda. Para o dirigente o que está acontecendo é um ajuste de preços pelo mercado. O valor pago ao produtor de leite em 2008 é o maior dos últimos 10 anos. Um estudo da Scot Consultoria em abril mostra que a cotação deste ano é 19% superior à média para o período, na década. Além do crescimento da produção (o volume de leite captado no país em abril foi 26,7% maior que o do mesmo período do ano passado), Alvim cita a desvalorização do dólar, que desestimula as exportações. Por isso, o excedente da produção deixa de ser exportado. "Não temos mercado interno para absorver essa produção", completa. No Brasil, segundo pesquisa do Ministério da Saúde, apenas 53,2% declaram que consomem leite. Em Belo Horizonte a média é um pouco acima: 58,8% da população. A maior preocupação dos produtores, segundo Alvim, é o aumento do custo dos insumos e da mão-de-obra, o que pode inviabilizar o negócio. O pesquisador do Cepea, Gustavo Beduschi, informa que nesta semana o centro inicia uma nova pesquisa junto aos produtores para verificar se realmente há tendência de queda dos preços. Porém, a última análise do pesquisador já previa "o enfraquecimento dos reajustes" a partir de junho. "Os derivados no mercado atacadista não têm acompanhado as altas ao produtor", avalia. De janeiro a maio, o aumento acumulado foi de 13,4%, de acordo com ele. Fonte: O Tempo. Economia. Por Zu Moreira. 16 de junho de 2008.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja