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Scot Consultoria

Preços do boi se mantêm firmes em Minas


Terça-feira, 25 de março de 2008 - 11h32

A baixa oferta de boi gordo no mercado continua favorecendo a manutenção dos preços elevados da arroba, em pleno período de safra em Minas. A análise de especialistas é de que a regularização das chuvas, com a conseqüente recuperação das pastagens, que permitem aos criadores reter o gado, também têm contribuído para a manutenção das cotações. De acordo com o coordenador técnico de Bovinocultura de Corte da Emater-MG, José Alberto Ávila Pires, a única região do Estado onde a seca ainda compromete a produção é o norte de Minas e os Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Os criadores têm optado por vender o gado para ser engordado em outras regiões ou mesmo por abater matrizes, já que ainda não há produção de milho ou sorgo suficiente para a alimentação do rebanho. “A manutenção destes preços tem surpreendido por estarmos em pleno período de safra”, disse Ávila. Ele revela que a suspensão temporária das importações de carne pela União Européia chegou a provocar um recuo das cotações nas primeiras semanas de fevereiro, que logo se recuperaram. Segundo o agrônomo da Scot Consultoria, Alcides Torres, os preços do boi gordo no Triângulo Mineiro fecharam ontem cotados a R$70/@, com prazo de pagamento de 30 dias. Na região metropolitana de Belo Horizonte e no norte do Estado, as cotações chegaram a R$65/@. As escalas de abate continuam apertadas e grande parte dos frigoríficos tem operado abaixo da capacidade instalada. Uma queda nas cotações só é esperada para o início da entressafra, prevista para a última semana de maio. “Não tem porque os preços voltarem agora, porque com o pasto não é preciso vender”, avalia. Torres afirmou que, em virtude da redução da oferta de machos para abate, parte dos produtores tem optado por vender as fêmeas, o que acabou reduzindo o diferencial de preços de um nível de 15% a 20%, para até 10%. Para o coordenador de bovinocultura da Emater, a partir de maio e junho, as perspectivas são de uma redução nas cotações no patamar de R$2,00 a R$3,00/@. Ele revelou que a outra preocupação dos pecuaristas refere-se ao alto custo dos grãos, que poderá impactar o confinamento do gado durante a entressafra. Minas Gerais foi pioneiro na técnica, mas apesar disso mantém um patamar de apenas 8% do rebanho confinado, ou um número entre 300 mil e 350 mil animais entre julho e novembro. “O milho representa 70% dos custos com alimentação bovina, o que poderá impactar o custo final do animal confinado”, prevê. Auditorias - O secretário de Estado da Agricultura de Minas, Gilman Viana Rodrigues confirmou que parte dos técnicos do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) iniciará nesta semana o treinamento para se capacitarem às auditorias nas propriedades aptas a exportar para a União Européia. A antiga reivindicação dos Estados exportadores foi acatada pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes na semana passada. Minas foi o Estado que apresentou o maior número de propriedades em condições de vender carne bovina ao mercado europeu, com um total de 1.236. Na recente lista divulgada pela UE, das 106 fazendas que poderão reiniciar as exportações para o bloco, 87 são mineiras. A missão de técnicos europeus que esteve recentemente no País fiscalizou uma amostra de 16 fazendas no Estado, para auferir os critérios de rastreabilidade. Após o treinamento, que será realizado pelo Ministério da Agricultura com o apoio dos veterinários europeus, os técnicos do IMA vão fiscalizar o restante das fazendas aprovadas. Para realizar o trabalho, porém, o Estado não deverá criar uma empresa certificadora no âmbito do Instituto. Fonte: Agência Estado. 25 de março de 2008.
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