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Scot Consultoria

Pecuária: mais carne em área menor


Quarta-feira, 31 de outubro de 2007 - 09h01

Emprego de técnicas simples, como adubação de pasto e análise de solo, ajudam a elevar a produtividade da boiada Nos últimos anos, a pecuária brasileira mostrou que pode ser muito eficiente e que tem condições de aumentar a produtividade sem precisar abrir novas áreas de pastagem. “Podemos crescer sem desmatar nenhuma árvore. Basta aumentar a capacidade de suporte das pastagens, melhorar a tecnologia e a genética“, avalia o zootecnista Leonardo Alencar, da Scot Consultoria. A idade média de abate no País é alta, em torno de três anos. Mas em fazendas que adotam tecnologias como adubação de pastagem e correção do solo, o animal é abatido com 2 anos. “Apesar de simples, essas tecnologias são pouco usadas. Temos potencial para melhorar a produtividade, sem precisar expandir horizontalmente“, acredita Alencar. Eficiência Conforme levantamento da Scot, de 2001 a 2006 houve queda de 2% na área de pastagem no Brasil. Ao mesmo tempo, o tamanho do rebanho cresceu 15%, de 176 milhões para 205 milhões de cabeças. “Isso mostra que tivemos um ganho de eficiência. O pecuarista está cada vez mais profissional.“ Em São Paulo, um estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA) mostra que a redução da área de pastagem não afetou a produção de gado. Conforme o estudo, em 1970 o Estado tinha 11,9 milhões de hectares de pasto e o rebanho contava cerca de 8 milhões de cabeças. Em 2004/2005, a área de pastagem caiu para 10 milhões de hectares, enquanto o rebanho subiu para 14 milhões de cabeças. “A produtividade da pastagem cresceu 187% neste período no Estado“, analisa o pesquisador José Sidnei Gonçalves, do IEA. Ele acredita que à medida que a cana for tomando espaço de pastagem, a pecuária terá de se especializar, produzindo mais, em menos área, “o que já ocorre em São Paulo e ocorrerá no País“. Desmatamento Ainda conforme Gonçalves, a idéia de que a pecuária é a grande vilã do desmatamento é equivocada. “Em São Paulo, a área de vegetação nativa cresceu 70 mil hectares em 10 anos e está em 3,4 milhões hectares. Isso mostra que não estamos desmatando“, diz. Na Fazenda Terra Boa, em Guararapes (SP), a preocupação com sustentabilidade é uma herança de família. “Desde os tempos de meu pai levamos a sério os conceitos de sustentabilidade, do bem-estar dos empregados e o conservacionismo“, diz o pecuarista José Luiz Niemeyer dos Santos. “Há dois anos iniciamos um projeto de reflorestamento e plantamos 40 mil árvores/ano. E há dez anos fazemos recomposição de mata ciliar.“ Fonte: O Estado de São Paulo. Agrícola. 31 de outubro de 2007.
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