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Scot Consultoria

Rondônia já é o quinto maior exportador de carne


Quarta-feira, 1 de agosto de 2007 - 10h48

Estado passa o RS em receita e volume embarcado devido à falta de gado nas fazendas gaúchas. Pela primeira vez um estado do Norte do País está entre os cinco maiores exportadores de carne bovina. Estado passa o RS em receita e volume embarcado devido à falta de gado nas fazendas gaúchas. Pela primeira vez um estado do Norte do País está entre os cinco maiores exportadores de carne bovina. Em junho, os embarques de Rondônia alcançaram 8,64 mil toneladas em equivalente carcaça, num total de US$13,51 milhões. Ou seja, 4,8% do volume e 3,4% do faturamento do setor no período, passando à frente do Rio Grande do Sul que, por falta de animais de reposição, tem capacidade ociosa superior a 50% em seus frigoríficos. Aliado a isso, Rondônia recebeu investimentos de indústrias - quatro das maiores se instalaram na região com capacidade de abate de 3,35 mil animais por dia. A mudança na lista dos principais exportadores do País, em junho, pode se refletir no consolidado do ano. Rondônia respondeu por 3,5% do faturamento e 4,2% do volume comercializado pelo País no primeiro semestre. Em uma década, o rebanho do estado cresceu 188%, passando de 3,94 milhões para 11,33 milhões de cabeças - o Rio Grande do Sul tem 13,85 milhões de bovinos. A mudança do status sanitário, em 2003, quando foi classificado como zona livre de febre aftosa com vacinação incentivou a instalação de indústrias, possibilitando a exportação. Em 2005 foram embarcadas 26,02 mil toneladas. No ano passado, o volume ficou quase três vezes maior: 64,75 mil toneladas. Apenas de janeiro a junho são 50,13 mil toneladas. "Com certeza o estado vai bater com folga o número do ano passado", diz o analista Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria. O primeiro frigorífico exportador a se instalar no estado foi o Friboi, a partir da mudança do status sanitário. Hoje, a empresa tem cinco unidades em Rondônia. Entre os maiores, apenas o Bertin ainda não investiu no estado. Rosa acrescenta que a instalação no Norte, serve também como um "hedge" sanitário, uma vez que o frigorífico entra em mais uma região com status favorável à exportação para grandes mercados, que exigem a extinção da febre aftosa. Em média, o boi gordo é negociado a R$50 a arroba no estado para R$70 no Rio Grande do Sul. Segundo Rosa, a falta de gado nas fazendas gaúchas se reflete nos preços, os maiores do País, e no desempenho das exportações, sendo este um dos fatores que determinou a mudança no ranking. Além disso, a saída de Mato Grosso do Sul - antes o segundo maior exportador - por conta de embargos sanitários, decorrentes da febre aftosa de 2005, também contribuiu. Segundo ele, o retorno do estado e uma retomada do Rio Grande do Sul podem tirar Rondônia da posição. Mas Rosa acredita que mesmo assim, ainda esteja entre os maiores exportadores. Fonte: Gazeta Mercantil. Caderno C. Por Neila Baldi. 1 de agosto de 2007.
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