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Scot Consultoria

Preços de subprodutos bovinos sobem em SP


Quarta-feira, 4 de julho de 2007 - 09h09

Os preços dos derivados de bovinos registraram alta expressiva nos últimos 12 meses no Estado de São Paulo, segundo levantamento da Scot Consultoria/Informeboi. Na média, a valorização é de 21,4% entre julho de 2006 e julho de 2007 para 23 derivados e subprodutos pesquisados. O acompanhamento não inclui couro e sebo bovinos, que têm mercados mais expressivos. Na avaliação de Alcides Torres, da Scot, a queda dos abates de gado bovino por parte de frigoríficos reduz também a oferta dos subprodutos, elevando as cotações no mercado. Entre os subprodutos, o destaque de alta no período ficou para o bucho bovino, que subiu 123%, saindo de R$1,53 o quilo na média de julho de 2006 para R$3,40 no início deste mês. A língua teve alta de 100%, para R$1,80 o quilo. A carne industrial (mecanicamente separada) também subiu 100% no período, para R$1,70 o quilo, e o coração se valorizou 86,7%, alcançando R$1,40 o quilo, de acordo com o levantamento. Cascos e chifres - usados em artesanato e até em extintores de incêndio - tiveram ganho de 50% entre julho de 2006 e atualmente, para R$0,30 o quilo. Fígado e rins subiram, respectivamente, 42,9% e 33,3%. Além da menor oferta em decorrência da queda no abate, Torres observa que a maior demanda por alimentos também sustenta os preços dos subprodutos. Os números das exportações brasileiras de miúdos bovinos até maio deste ano reforçam essa percepção. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Bovina (Abiec), entre janeiro e maio, as vendas externas de miúdos alcançaram 49.614 toneladas, um aumento de 36,75% sobre o mesmo intervalo de 2006. Em receita, as vendas totalizaram US$86,933 milhões, um incremento de 67,19% na mesma comparação. Alguns subprodutos, como farinhas de carne e de osso ficaram com preços estáveis de julho de 2006 para cá. Segundo Torres, o mercado para esses subprodutos encolheu, já que são usados apenas na indústria de produtos pet. Alguns itens registraram recuo no período. Caso do pêlo da orelha do animal, utilizado na indústria de pincéis, que caiu 8,3%, saindo de R$60,00 o quilo para R$55,00. A Scot observa que cada derivado ou subproduto sofre influência de um ou mais setores industriais. Na avaliação da consultoria, "mediante escalas de abate curtas, com frigoríficos pulando dias de abate, o mercado [de subprodutos] deve permanecer firme do ponto de vista da oferta". Fonte: Valor Econômico. Agronegócios. 4 de julho de 2007.
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