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Scot Consultoria

Consultor aponta virada de ciclo


Quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007 - 10h13

Ocorrência de chuvas fortes tem dificultado o transporte de animais, além de ajudar a balizar a oferta O mercado do boi gordo está firme no Centro-Sul do País, em função das chuvas fortes que têm mantido as pastagens em boas condições. “Além de dificultar o transporte do gado, isso ajuda o produtor a planejar as vendas“, afirma o consultor Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria. O mercado de reposição e de boi gordo está bastante firme, com oferta restrita, e a indústria está evitando mexer nos preços da arroba, segundo a analista de mercado de pecuária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), Shirley Martins Menezes. “Os frigoríficos estão com escalas de abate curtas e mostram-se cautelosos diante da demanda desaquecida“, explica. Shirley lembra que no dia 21 a arroba estava valendo R$55,34 - Indicador Esalq/BM&F, aumento acumulado de 2,4% nos primeiros 21 dias do mês. Na mesma data, em 2006, a arroba valia R$50,25. “Naquele mês, o preço caiu 4,9%, chegando ao mínimo de R$48,41, dia 23.“ VIRADA “Essa alta pode ser um reflexo da virada de ciclo“, avalia Tito Rosa. Para ele, um dos indícios da virada é o preço do bezerro de reposição, cujo mercado está bastante firme. “No Rio Grande do Sul, houve uma reação forte no preço do bezerro, acima de 40%.“ O consultor aponta recuperação gradual dos preços ao longo de dois ou três anos. “Se o bezerro recuperar-se, o produtor volta a reter matrizes, o que vai refletir no preço do boi gordo e da vaca gorda.“ Segundo Tito Rosa, a demanda por carne bovina vai continuar alta no mundo todo, o que, na sua opinião, é muito bom para o Brasil. Até porque, explica, os fortes concorrentes brasileiros estão enfrentando problemas. “Argentina está praticando auto embargo; os EUA não se recuperaram da ocorrência da vaca louca, em 2003; a Austrália está no limite da produção e acaba de passar por uma seca bastante forte, o que vai refletir na produção, no médio prazo, e a Europa está com produção em queda, por causa da redução de subsídio“, enumera. “O cenário é favorável à oferta e à demanda nos próximos dois ou três anos“, prevê Tito Rosa. “Nesse período, o preço do boi e dos animais de reposição vai variar acima da inflação“, prevê. Porém, o dólar em baixa pode segurar um pouco a recuperação de preços. Outro ponto negativo, avalia, é a recuperação da agricultura, o que pode influenciar os custos para quem faz confinamento e semiconfinamento de gado, por causa do aumento do preço do grão. “Com a agricultura em recuperação, o mercado de fertilizantes deve ficar aquecido e refletir no aumento do custo de adubação da pastagem.“ Fonte: Estado de São Paulo. Suplemento Agrícola. Por Beth Melo. 28 de fevereiro de 2007.
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