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Scot Consultoria

Fertilizantes podem subir 5% no primeiro semestre


Segunda-feira, 11 de janeiro de 2010 - 11h05

Início da safra 2010 e compra antecipada devem puxar preços para cima, prevê consultoria O ano de 2008 registrou uma das maiores altas da história na cotação dos preços de fertilizantes, sendo o fósforo cotado a mais de R$2.500,00 a tonelada. A inflação foi causada pela crise na Rússia, altos valores do barril de petróleo, aliados com a demanda mundial. Com o advento da crise da economia mundial, os preços mundiais começaram a recuar e estabilizaram nos primeiros meses de 2009, com valores no mínimo 50% menores. Mas a estabilidade dos últimos meses já sinaliza para o mercado com uma tendência de recuperação nos preços, principalmente nas próximas semanas, em razão das compras realizadas para as próximas safras. O problema é que o produtor brasileiro fica refém dos preços que são ditados pelo mercado internacional, pois o Brasil não consegue atender a demanda, já que não é autossuficiente. Um estudo feito pela Scot Consultoria aponta que o setor de insumos e fertilizantes poderá registrar uma alta de 5% ainda no primeiro semestre de 2010, em razão do início da safra 2010 e da compra antecipada. “Fica evidente a enorme dependência brasileira com a importação de fertilizantes. Da formulação básica, o País importa 90% do potássio consumido, 75% do nitrogênio e 51% do fósforo”, observa o zootecnista Rafael Ribeiro de Lima Filho, da Scot Consultoria. Levantamentos preliminares da Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos) apontam que o volume comercializado no ano passado seja similar ao de 2008, que registrou a venda de 22,4 milhões de toneladas, mas não superou o recorde registrado em 2007, de quase 24,7 milhões de toneladas. “Este ano esperamos uma retomada nos valores, que estão defasados. Mesmo com uma comercialização em volume similar a de 2008, no ano passado tivemos uma rentabilidade bem menor”, explica Eduardo Daher, diretor da Anda. O executivo explica que as oscilações registradas nos últimos 30 meses devem mais aos preços da cotação do petróleo do que à especulação do mercado de agronegócio. “A maioria dos itens de fertilizantes é derivada do petróleo. No pico de 2008, o barril estava cotado em US$145. Já em 2009, em plena crise, o preço despencou para US$70 o barril”, lembra. Líderes As culturas de soja, milho e cana-de-açúcar consumiram 66% do volume comercializado de fertilizantes. “Não temos ainda os números finais de 2009, mas eles indicam que são similares ao ano anterior, quando a sojicultura consumiu 31% do fertilizante disponível no mercado, seguida pela cultura do milho, com 19%, e a cana-de-açúcar, com 16%”, revela Daher. A cafeicultura ocupa a quarta colocação no consumo de fertilizantes, com uma fatia de 8%, seguida do algodão, arroz e reflorestamento, segundo o levantamento feito pela Anda. Fonte: Campo News. Por Bruno Sales. 11 de janeiro de 2010.
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