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Scot Consultoria

EUA faz recall de carne enlatada do brasileiro Bertin


Segunda-feira, 24 de maio de 2010 - 12h44

O Grupo Frialto, que na última sexta-feira (21) suspendeu o abate de animais, está negociando alternativas para a retomada da operação, entre elas a venda, a obtenção de um financiamento ou, em último caso, pedido de recuperação judicial. Oficialmente, a empresa não fala sobre o assunto, mas o diretor Paulo Bellincanta manteve contatos hoje com fornecedores em Cuiabá e prometeu uma posição sobre os rumos da empresa para a próxima semana. Embora o Marfrig negue as negociações para compra dos ativos do Frialto, várias fontes confirmam os entendimentos. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Marfrig nega o interesse na compra do Frialto e alega que as atenções estão voltadas para a Copa do Mundo, pois é dono da marca Seara, uma das patrocinadoras da seleção brasileira de futebol. A decisão do grupo Frialto de suspender os abates de animais se deve à falta de capital de giro e à dificuldade em conseguir financiamento. Desde a sexta-feira a empresa também não paga as notas promissórias rurais referentes ao gado entregue nos últimos 30 dias. O Frialto, com sede em Sinop (MT), tem seis frigoríficos com capacidade para abate diário de 4 mil cabeças. Em Mato Grosso estão localizados quatro unidades: Matupá, Nova Canaã, Tabaporã e Sinop. Os outros frigoríficos ficam em Iguatemi (MS), Ji-Paraná (RO) e Itaberaí (GO). O diretor superintende da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, diz que o setor “fica triste e preocupado” com a situação do Frialto e com a possibilidade de concentração ainda maior dos frigoríficos no Estado. Caso o Frialto seja vendido ao Marfrig, a empresa, juntamente com o JBS/Friboi, seria responsável por 70% do abate de bovinos em Mato Grosso. Vacari disse que os criadores irão se empenhar para que o Frialto encontre uma solução para o problema do endividamento. Ele observa que mesmo durante o período mais crítico da crise financeira, quando a escassez de crédito provocou a quebra de vários frigoríficos, o Frialto manteve em dia o pagamento aos seus fornecedores. Ele disse que a concentração do setor na mão dos grandes grupos é um caminho sem volta e critica a política do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de dificultar a concessão de crédito aos pequenos e médios frigoríficos, como é o caso do Frialto. A paralisação de plantas de abate do Frialto fez com que os preços do boi pagos aos pecuaristas despencassem no norte do Mato Grosso e em Rondônia, onde a companhia possui unidades. Segundo a Scot Consultoria, a suspensão no abate afastou outros compradores do mercado, que pressionaram os preços oferecidos pelos animais. Fonte: Venilson Ferreira e Gustavo Porto. 24 de maio de 2010.
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