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Scot Consultoria

De olho na oferta e no comportamento da arroba no início de 2018


Quinta-feira, 4 de janeiro de 2018 - 16h00

Foto: Scot Consultoria

 


Sidnei Maschio: Hyberville, nós já temos uma ideia do que vai acontecer com a oferta de gado terminado agora em janeiro? Quando é que o “boi de capim” vai começar a chegar na praça em maior quantidade?


Hyberville Neto:  Esperamos um aumento gradativo, à medida que o pecuarista voltar aos negócios e o gado for chegando ao peso de abate.


Sidnei Maschio: Como deve ser daqui para frente a oferta de fêmeas para abate?


Hyberville Neto:  Com a desvalorização das categorias jovens em 2017, esperamos que 2018 seja um ano de maior volume de fêmeas abatidas. E esta oferta se concentra na primeira metade do ano, com destaque para março e maio.


Sidnei Maschio: E aquelas boiadas que deveriam ter sido confinadas no ano passado, Hyberville?


Hyberville Neto:  Acreditamos que este seja mais um ponto de atenção para o mercado nos próximos meses. O gado que não entrou no cocho deve chegar ao mercado nesta safra. Ou seja, deve ser ofertado até abril e maio, quando tipicamente ocorre redução das chuvas e o pecuarista aumenta a negociação.


Sidnei Maschio: No caso do invernista, qual é hoje a relação entre o custo do bezerro que ele comprou lá atrás e o preço de venda dessa boiada que já está quase chegada no ponto?


Hyberville Neto: O bezerro vendido atualmente foi um bezerro comprado na alta, entre 2015 e 2016, e vendido em um momento de preços em baixa. Nestas horas em que o mercado atrapalha, a eficiência da produção se torna ainda mais importante, seja para gerar algum lucro ou diminuir prejuízos.   


Sidnei Maschio: Se essas previsões a respeito da oferta forem confirmadas, o que podemos esperar do preço da arroba no início do ano?


Hyberville Neto: Esperamos um mercado mais calmo neste começo de ano, com uma pressão mais forte ao final da safra, que tipicamente ocorre entre abril e maio.


A demanda no primeiro semestre é mais fraca, mas estamos com um cenário econômico melhorando, o que pode dar firmeza às cotações, mesmo com oferta maior.


Sidnei Maschio: Pelos valores que estão sendo falados hoje na B3, que é a antiga Bolsa de Mercadorias e Futuros aqui de São Paulo, está valendo a pena fechar um contrato de venda agora pra garantir essa cotação atual?


Hyberville Neto: Sair do risco é uma possibilidade sempre a ser considerada. Os preços futuros para o final da safra não podem ser considerados ruins, frente a variações históricas, então garantir preços de venda se eles apontarem para lucro, ou ao menos um preço mínimo, é algo válido sim.


Sidnei Maschio: Falando no geral, qual é a porcentagem da boiada que o fazendeiro vai vender na bolsa e quanto ele deve deixar reservado para negociar no mercado do dia a dia?


Hyberville Neto: Depende de quanto o pecuarista está otimista com o mercado e quanto ele está disposto a se manter com o risco. A utilização de seguros de preço mínimo é uma opção interessante, considerando que não impede ganhos em caso de valorização e segura contra perdas.


Sidnei Maschio: E a respeito do gado para reposição, Hyberville, qual deve ser o comportamento do mercado no ano que acaba de ser iniciado?


Hyberville Neto: Esperamos um volume ainda expressivo de gado para reposição, o que tende a manter a relação de troca contida. Após a retenção de fêmeas ocorrida entre 2014 e 2016 a disponibilidade de categorias jovens deve ser boa para quem precisar repor.



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