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Scot Consultoria

Como preparar-se para a nova fase da pecuária?


Sexta-feira, 8 de setembro de 2017 - 09h15

Foto: Scot Consultoria


O consultor e analista da Scot Consultoria, Alex Lopes da Silva, palestrará durante o Encontro de Criadores e Adubação de Pastagens da Scot Consultoria, que acontecerá dias 2, 3 e 4 de outubro, em Ribeirão Preto-SP, no Centro de Eventos do Ribeirão Shopping.


Alex mostrará como os pecuaristas devem se preparar para o novo ciclo do mercado pecuário!


Confira quais serão os temas mais importantes que ele abordará durante o evento e não perca essa oportunidade para ficar por dentro dos acontecimentos do mercado!


Faça sua inscrição pelo site http://www.scotconsultoria.com.br/encontros/ ou pelo telefone 17 3343 5111.


Scot Consultoria: Primeiramente, sem entregar o jogo, quais serão os principais temas que você abordará na sua palestra, Alex?


Alex Lopes da Silva: A ideia é trazer um nivelamento a respeito da fase atual do ciclo pecuário e do que esperamos, neste aspecto, para 2018.


Conhecer essa dinâmica do mercado e predize-la é fundamental para o planejamento da atividade. Para adiantar um pouco o assunto, o que sabemos é que, ao que tudo indica, teremos em 2018 mais um ano em que o preço da arroba do boi gordo deve subir menos que a inflação.


Scot Consultoria: E, diante deste prognóstico, como o pecuarista deve se preparar?


Alex Lopes da Silva: O criador, que vai vender animais no próximo ano, já está com parte de sua produção definida. A vacada já pariu os animais que irão ao mercado em 2018. Ou seja, a quantidade de animais que será ofertada é reflexo, dentre outras coisas, do nível tecnológico utilizado nos animais na estação e monta de 2016. Resta agora reduzir ao máximo índices como mortalidade nos pós desmama e maximizar o ganho de peso destes bezerros.


Para o recriador/terminador, pensando no estoque da fazenda que foi adquirido a partir de 2015, em preços historicamente elevados, resta acelerar a terminação destes animais, encurtar o ciclo o máximo possível.


O retorno sobre o investimento é produto, também, do tempo em que este animal fica na fazenda. Além disso, talvez o ponto mais importante, é aproveitar os preços menores dos animais de reposição que já chegaram ao mercado em 2017 e devem continuar assim em 2018, ou seja, trocar um estoque caro (comprado em 2015 e 2016), por um estoque mais barato.


Scot Consultoria: Se vai ter bezerro “mais barato” em 2018 é porque vai ter mais oferta desta categoria?


Alex Lopes da Silva: Provavelmente teremos mais oferta de bezerros em 2018 do que temos em 2017. A participação de fêmeas no abate em 2016 foi menor do que em 2015. Ou seja, na estação de monta de 2016, mais vacas e novilhas estiveram disponíveis para monta e, consequentemente, a tendência é que haja mais bezerros no mercado em 2018.


Mas, para que o otimismo cresça, situação comum em momentos de queda de preços, é importante saber que o bezerro de desmama, entre 2013 e 2016 subiu, na média de todos os estados pesquisados pela Scot Consultoria, 88,2% e caiu, desde então, pouco mais de 16,0%, ou seja, grande parte da valorização acumulada nos últimos anos ainda está “com o criador”.


E, vale acrescentar nesta análise que o custo de produção subiu 25,0% desde 2013, quase quatro vezes menos que a cotação do bezerro.


Scot Consultoria: Agora, sabendo que o abate de fêmeas é reflexo do cenário de preços e indica como deve ser a oferta nos anos seguintes, como deve ser a participação de vacas e novilhas nos abates totais em 2017?


Alex Lopes da Silva: Os dados do primeiro trimestre, os únicos disponíveis para 2017 até agosto, indicam que 45,0% dos abates que ocorreram entre janeiro e março foram realizados com fêmeas, crescimento de cinco pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2016.


Historicamente, o que ocorre no primeiro trimestre se repete no consolidado do ano.


E isso está alinhado com o cenário de preços. Com o mercado do bezerro em queda, é natural que a atratividade da operação diminua, o que tende a gerar maior descarte de matrizes.



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