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Scot Consultoria

A partir de qual ponto o aumento do peso da carcaça do bovino confinado começa a “dar prejuízo”?


Quarta-feira, 16 de março de 2016 - 14h35


Neto Sartor é zootecnista formado pela Universidade Estadual de Londrina - UEL, com mestrado em produção animal focado em nutrição de ruminantes, cujo trabalho foi desenvolvido com confinamento de bovinos de corte também pela UEL. Fundador e diretor da Brasil Beef Consultoria, empresa que atua na intensificação da produção de bovinos de corte em pastagens e/ou confinamento. Presta consultoria à pecuaristas e empresas em diferentes estados do Brasil.


Neto será um dos palestrantes do Encontro de Confinamento e Recriadores da Scot Consultoria, que acontece de 12 a 15 de abril, em Ribeirão Preto-SP e no Confinamento Monte Alegre, em Barretos-SP.


Para mais informações acesse www.confinamentoerecria.com.br ou ligue para 17 3343 5111.



Confira a entrevista na íntegra:


Scot Consultoria: Em sua opinião, qual o peso ideal de abate de animais confinados no cenário atual do mercado pecuário? Há grandes diferenças na recomendação, em relação aos anos anteriores?


Neto Sartor: Essa é a grande pergunta a ser respondida e infelizmente não há um número mágico. A resposta para isso depende de diversos fatores como raça dos animais, nível de energia das dietas, preço da tonelada de matéria seca da dieta, preço de venda dos animais terminados, preço da reposição, entre outras coisas. Estamos desenvolvendo um trabalho (liderado pelos pesquisadores Flavio e Gustavo, do APTA) e compilando resultados de uma grande base de dados no Brasil, da qual faço parte, avaliando o comportamento de produção de animais Nelore, no intuito de traçar uma curva de comportamento da transferência de peso vivo em carcaça por fase de confinamento. Com a curva de produção de carcaça e a de comportamento do consumo de matéria seca (que é mais conhecida) em mãos, poderemos olhar ano a ano, o valor investido em comida e o retorno em peso líquido para assim determinar esse ponto.


Scot Consultoria: A partir de qual ponto o aumento do peso da carcaça do animal confinado começa a "dar prejuízo"?


Neto Sartor: A resposta para essa questão está relacionada com a anterior. Digamos que em determinada fase, já bem no final do confinamento e com muitos dias de cocho nossos animais estejam comendo 10 kg de matéria seca a um custo de R$620,00 por tonelada em um confinamento que possui R$1,25 de custo operacional por dia. O ponto de equilíbrio nesse caso, considerando o preço do boi gordo em R$155,00 por arroba (R$10,33/kg de carcaça) seria de 0,721 kg de carcaça por dia. Pelas recentes pesquisas relacionadas a esse tema, sabemos que esse ganho de carcaça estaria ocorrendo entre 120 e 150 dias de confinamento para os animais Nelore inteiros, entretanto, fica bastante evidente que se o custo da dieta, do operacional ou do boi gordo fossem diferentes, esse ponto de equilíbrio mudaria.


Scot Consultoria: Quais os temas que o senhor abordará em sua palestra durante o Encontro de Confinamento da Scot Consultoria?


Neto Sartor: Falarei sobre o a evolução do peso de abate no Brasil, da tendência que seguimos e aonde podemos chegar. Na sequencia, apresentarei dados científicos sobre o alongamento do tempo de confinamento e aumento no peso de abate correlacionando com dados financeiros. Para concluir, mostrarei dados reais de clientes que atendo onde fizemos isso no ano passado, mostrando os números que são observados na pratica quando aplicamos tais conceitos.



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