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Scot Consultoria

Carta Conjuntura - Preços aos produtores melhoram, mas preços dos insumos disparam


Quinta-feira, 12 de novembro de 2020 - 12h00


Em outubro os preços dos principais insumos dispararam. Milho e farelo de soja subiram, em média, respectivamente, 25,7% e 25,1% entre setembro e outubro.  Neste ano os preços estão em média, 86,9% e 101,8% maiores, respectivamente.


Dólar em alta, associado aos bons volumes exportados e estoques em baixa no mercado doméstico, sustentaram os preços no mercado interno.


Desde o início do ano a remuneração aos produtores (avicultor, pecuarista e suinocultor) melhorou (tabela 1), mas não o bastante para bater a alta dos insumos de produção. Traremos um olhar sobre cada setor de produção de proteínas de origem animal e o efeito da disparada de preços no bolso do produtor.


Tabela 1. Avanço nos preços médios pagos pela arroba do boi gordo (R$/@), frango (R$/kg) e suíno (R$/@) 



Fonte: Scot Consultoria


Avicultura de corte

Em outubro, nas granjas no interior de São Paulo, os preços subiram 4,9% em média comparados a setembro. Desde o início do ano, o incremento é de 36,1%.

Dentre os setores cárneos, foi o segmento que teve menor incremento. O pagamento em outubro foi 30,3% maior no comparativo anual.


Pecuária de corte

Nas praças pecuárias paulistas, a cotação média da arroba do boi gordo em outubro subiu 6,9% frente a setembro. Desde o início do ano, a remuneração aos produtores está 39,8% maior e, comparando o fechamento de outubro ao mesmo período do ano anterior, a alta é de 60,8%.


Suinocultor

O suinocultor foi quem menos sentiu os impactos. Os preços do suíno terminado dispararam 17,1% em outubro ante setembro. Desde o início do ano a alta acumulada é de 72,1% e, no comparativo anual, a remuneração ao suinocultor está 75,6% maior.


Remuneração cresce, insumos crescem mais

As cotações melhoraram em todos os segmentos, mas, por melhor que tenham sido esses desempenhos, a relação de troca com o milho e o farelo de soja caíram em outubro, veja nas figuras 1 e 2.


Figura 1. Relação de troca com o milho, para o pecuarista, avicultor e suinocultor. 



Fonte: Scot Consultoria


Figura 2. Relação de troca com o farelo de soja, para o pecuarista, avicultor e suinocultor. 



Fonte: Scot Consultoria


O pecuarista de gado de corte viu a relação de troca com esses insumos cair 14,9% e 14,5% frente ao milho e farelo de soja, respectivamente. Para os avicultores de corte, a queda também foi significativa, de 16,6% e 16,1%.


O suinocultor, por outro lado, sentiu a valorização de modo, comparativamente, menos dramático, apesar do recuo na relação de troca. Para o milho e farelo de soja, as relações regrediram 6,8% e 6,4%, respectivamente.


Considerações finais

A valorização dos insumos em outubro mostra como estratégias de compra de insumos são importantes.

O uso de contratos futuros para travar preços pode ser uma opção quando bem executados. A compra em momentos de relação de troca favorável ao produtor e realização de estoques também traz segurança.

A consulta a analistas de mercado que trazem um panorama sobre o mercado das principais commodities e insumos de produção pode aliviar o bolso do produtor, antecipando momentos como estes e traçando estratégias de compra adequadas.



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