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Scot Consultoria

Carta Gestor - Quer um bom funcionário? Veja como desenvolver um


Terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - 15h30


Na Scot Consultoria, além da pesquisa rotineira e análise do mercado agropecuário, nos dedicamos a uma série de projetos que envolvem a realização de pesquisas com agentes do agronegócio.


Sempre que estas pesquisas envolvem o mapeamento dos gargalos para a produção agropecuária, uma questão repetidamente se destaca dentre as preocupações: dificuldade com colaboradores.


Assim, a busca e manutenção de um bom funcionário é uma preocupação constante. 


Nesta edição, a fim de colaborar com a discussão sobre o tema, trazemos a tradução e adaptação de um ótimo artigo sobre o assunto, cuja fonte está citada no fim desta publicação.


Quer um bom funcionário?


Se você quer bons funcionários, você deve se tornar um bom líder. A liderança é difícil de definir e igualmente difícil de alcançar em sua plenitude, por ser uma combinação de tutoria, ensino, encorajamento, envolvimento, recompensa, consideração, carisma, talento, visão, conhecimento, observação, justiça, honestidade, firmeza, lealdade e uma série de outras coisas.


Mesmo diante do tamanho do desafio em torno da liderança, podemos (e devemos) continuar a trabalhar nisso. A lista de características parece assustadora, mas, exceto para a honestidade, não temos que ser perfeitos para nos tornarmos excelentes líderes. Lembre-se sempre: “A liderança é melhor avaliada pela resposta voluntária daqueles que estão sendo liderados”.


Dessa forma, é preciso encontrar um bom reflexo das atitudes dos seus funcionários. O começo pode ser a mais difícil etapa de todas, assim, no processo de procurar e contratar um novo funcionário considere o seguinte:


Não procure o empregado perfeito, já que você provavelmente não será o chefe perfeito. Liste as habilidades e características de personalidade que você espera encontrar. Sugiro que procure por ética de trabalho, intelecto, atitude e paixão, juntamente com honestidade e integridade. Se você encontrar isso, poderá treinar o restante, se for um bom líder. Contrate uma boa pessoa. Encontrar no candidato as habilidades técnicas ou inerentes à atividade a ser desempenhada é ótimo, mas não tão importante como encontrar uma boa pessoa.


Certifique-se que o pretendente compreende as expectativas da posição, a quem ele deve reportar, qual é a visão do negócio, quem são os colegas de trabalho e seus respectivos papéis. É possível fazer isso verbalmente, mas é melhor o fazer por escrito, já que muitas vezes o que você diz e o que o candidato ouve são coisas diferentes. Nenhuma das partes é culpada - apenas não houve uma comunicação perfeita. 


Após a contratação


Após a contratação, de forma a evitar surpresas com o novo funcionário, você precisa:


Orientar o novo funcionário e sua família para a comunidade. Eles precisam saber como encontrar serviços como escolas, bancos, médicos e hospitais, lojas, igrejas, recreação (especialmente para crianças), etc. Em suma, deve ajudá-los a se sentir confortável em sua nova comunidade. Este é um passo simples que é muitas vezes ignorado. Uma família insegura logo resultará em um empregado infeliz.


Orientar o empregado para o ambiente de trabalho. Reveja a descrição do trabalho que foi apresentada na entrevista de emprego. Em seguida, introduza o contratado para seus colegas de trabalho e sua família. Informe quando serão as reuniões de planejamento e como deverá ocorrer a comunicação de trabalho no dia-a-dia. Ajude as pessoas a se sentirem confortáveis o mais rápido possível.


Fornecer treinamento adequado para cada trabalho ou tarefa. Se você é um produtor verdadeiramente bom e tentando ser melhor, você não está fazendo as coisas da mesma forma que os vizinhos ou o empregador anterior do seu funcionário. Assim, é injusto esperar que um novo colaborador “veja o que precisa ser feito” e “saiba como fazê-lo”. Isso pode ser uma expectativa justa com treinamento e tempo, mas variará de um funcionário para outro dependendo da qualidade de suas experiências anteriores, da sua capacidade de ensinar e da capacidade do empregado em entender uma nova habilidade ou mudar velhos hábitos. Lembre-se, se você é realmente bom, você estará mudando alguns de seus próprios hábitos também.


Duas pessoas não aprendem ou se adaptam a um novo sistema com a mesma velocidade. Na medida em que seu novo colega de trabalho (empregado) demonstra competência para atender às expectativas, você pode dar mais autonomia e menos supervisão, pouco a pouco. Quando alguém pode fazer algo bem, deixe-o fazê-lo. Ele libera mais do seu tempo, e eles vão se sentir mais parte de uma equipe. Envolva-os na geração de idéias e planejamento, tanto quanto possível.


Fornecer oportunidades para aprender, crescer e ter sucesso. Uma sugestão é que cada funcionário em tempo integral tenha uma experiência de aprendizado significativa a cada ano. Pode ser uma participação em cursos ou em eventos. É possível trazer especialistas à fazenda ou enviar os funcionários para eventos (consulte seus parceiros comerciais para uma agenda de eventos). Nessa segunda ocasião, oriente o funcionário a voltar e ensinar o que aprendeu para o resto da equipe. É incrível como é muito mais eficaz o aprendizado quando você sabe que deverá ensiná-lo a alguém.


Você não pode forçar o empoderamento. No entanto, como um líder, você pode incentivar, facilitar e recompensar o empoderamento. No que se refere ao trabalho, a melhor recompensa para o crescimento é a responsabilidade e aceitação como um membro da equipe. Pergunte a si mesmo: “Se eu fosse um funcionário, eu preferiria ser uma extensão robótica do chefe ou um membro valorizado de uma equipe com uma visão compartilhada cujas idéias são ouvidas e agregadas para a construção de um futuro melhor?”


É provável que um bom funcionário permaneça em uma operação que está progredindo e crescendo do que em uma que simplesmente mantém o status quo. Há algo revigorante no progresso e melhoria.


Para ser confiável, você deve ser confiável. Se seu empregado percebe qualquer desonestidade em você, será muito difícil recuperar sua confiança.


Considerações finais


Não há receita mágica e infalível quando se trata das relações humanas. Cada um responde aos estímulos à sua maneira e ao seu tempo.


Contudo, as dicas apresentadas são formas de promover a boa condução dos trabalhos, além de valorizar o crescimento pessoal e profissional não só do colaborar, mas também do próprio gestor.


Adaptado a partir de “Want good employees? Here’s how to create them” - Burke Teichert. Publicado em www.beefmagazine.com.



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