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Scot Consultoria

Carta Boi - De olho no último trimestre


Segunda-feira, 20 de junho de 2016 - 16h00


Acompanhar o mercado futuro tem se tornado cada vez mais comum entre os pecuaristas, o que é positivo, pois indica busca por informação. 


Mas também pode-se dizer que é inútil, se não for considerada a possibilidade de efetivamente usá-lo. Não adianta confinar porque os preços futuros estão interessantes, sem travar ao menos parte da boiada.


Se os preços no mercado futuro estão atrativos, por que não usar alguma ferramenta de garantia de preços para travá-los e sair do risco de mercado? Esta é uma pergunta que o pecuarista deveria fazer sempre. 


Agora, avaliar corretamente se os preços estão interessantes é fundamental.


AVALIANDO O MERCADO FUTURO


O primeiro passo é saber o custo de produção. Sem esta informação não se pode saber se a cotação apregoada no mercado futuro é boa ou ruim. 


Sabendo o quanto custa cada arroba, usar movimentos históricos, associados, é claro, à conjuntura vigente, é uma via interessante. 


A figura 1, por exemplo, mostra as variações ocorridas entre junho e outubro e entre junho e novembro, nos últimos cinco anos. 



Comparar estes valores ao que o mercado futuro projeta atualmente dá uma ideia de quanto aqueles preços projetados são interessantes, ou não. 


Entre junho e outubro, na média dos últimos cinco anos, as cotações subiram 5,1% em São Paulo. E considerando o intervalo entre junho e novembro, a alta foi de 8,4%. 


Ou seja, se o mercado futuro apresenta altas maiores que estas, pode ser uma alternativa boa, considerando que elimina o risco de mercado, um dos maiores, senão o maior, da pecuária. 


Considerando a média de preços de junho deste ano, até o dia 10 (R$156,75/@, à vista, em São Paulo) e projetando os preços no futuro segundo estas variações médias, temos os valores apresentados na figura 2. 



Observe que para outubro, os R$166,94/@ disponíveis no mercado futuro para uso, com as diversas ferramentas (termo, contratos futuros ou de opções), são maiores que a projeção usando a variação média desde 2011 (R$164,71).


Já para novembro, a alta média seria mais interessante, mas não é garantida. Travar as cotações seria. 


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Usar as ferramentas para garantir os preços pode ser a diferença entre lucro e prejuízo. 


Travar as cotações não deve ser regra, mas uma possibilidade sempre presente no planejamento do pecuarista.


Considerando as incertezas relacionadas ao consumo e às margens da indústria, garantir preços que façam as contas fecharem é uma boa escolha na conjuntura atual.



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