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Carta Insumos - Desde 2009 não se vendia tão pouco fertilizante em novembro como ocorreu em 2015


Segunda-feira, 28 de dezembro de 2015 - 17h00


A alta do dólar, resultado da fuga de investidores do país, elevou o custo de produção da pecuária e da agricultura. A inflação reduziu o consumo interno de carne bovina e limitou as valorizações da arroba do boi gordo. E, por fim, a taxa básica de juros, a Selic, em 14,25%, encareceu o crédito agrícola, que também era escasso, já que o governo precisou cortar gastos. 


Esses fatos resultaram em menos investimentos no campo. Segundo dados da Agência Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), até novembro, foram entregues ao consumidor 28,18 milhões de toneladas de fertilizantes, 6,75% menos que em 2014, considerando o mesmo período. 


O crescimento do consumo, que vinha aumentando desde 2010, foi interrompido. 


Poderemos ter redução de produtividade. A área com milho de verão e soja, por exemplo, produtos agrícolas que movimentam o mercado do insumo nesse período do ano, e que já foi semeada, deverá crescer 1,8% na safra 15/16 em relação à passada, segundo o relatório de dezembro de 2015 da Conab. Ou seja, mais plantio e menos uso de adubo.  


Desde 2009 não se vendia tão pouco fertilizante em novembro como em 2015.  


A crise no setor sucroenergético, provocada por ações de contenção dos preços da gasolina para segurar a inflação e que prejudicou a relação etanol x gasolina, também prejudicou a compra de adubo nos primeiros meses de 2015.





Preços


O pico de preço dos fertilizantes parece ter ocorrido em outubro. 


Embora para os agricultores o comportamento da cotação nos próximos meses não faça muita diferença, já que a maior parte do insumo já foi comprada, entender o que deve acontecer nesse mercado no curto prazo serve para o pecuarista que vai reformar o pasto e ainda não comprou o insumo. 


As indústrias estão com estoques relativamente confortáveis, o que indica que mesmo que a moeda americana continue volátil, como em todo segundo semestre de 2015, isso não deverá mexer mais com os preços dos fertilizantes. 



Além disso, a partir de outubro, sazonalmente, existe uma queda na demanda, fator que joga contra a possibilidade de alta de preços. Por fim, o mercado brasileiro de insumos, principalmente em função da variação cambial, mudou de patamar de preços, principalmente para suplementos minerais, defensivos e fertilizantes, cuja matéria prima é importada. 


Planejar a compra é fundamental.



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