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Scot Consultoria

Carta Leite - Preços do leite caindo e custos subindo: A conta não fecha


Quinta-feira, 22 de outubro de 2015 - 12h15



Acabou o movimento de alta dos preços ao produtor que perdurou nos últimos seis meses.


No pagamento de setembro, referente à produção de agosto, o preço ao produtor caiu 0,9%. Considerando a média nacional, o produtor recebeu R$0,969 por litro.


Em valores reais, corrigidos pelo IGP-DI, a queda é de 9,4% este ano, em relação ao mesmo período de 2014. Veja a figura 1.


O cenário para o produtor de leite, que já estava desfavorável na comparação com o ano passado, começa a piorar.


Com a safra no Brasil Central e região Sudeste e o aumento da produção, a expectativa é de queda de preço neste trimestre.


A demanda por produtos lácteos patinando, em função da economia ruim, agrava este quadro, além do consumo menor no final de ano, em função das festas e férias escolares.


E os custos de produção?


Outro fator que preocupa a atividade são os custos de produção, que aumentaram expressivamente.


O Índice Scot Consultoria de Custo de Produção para a atividade leiteira, que mede a variação do custo, subiu 4,5% em outubro na comparação com setembro.


Na comparação com outubro de 2014, os custos subiram 13,9% para a pecuária de leiteira de alta tecnologia. Veja a figura 2.


O Índice considera a variação de preços dos principais itens que compõe o custo da atividade - alimentação, suplementos minerais, mão de obra, medicamentos veterinários, insumos agrícolas (fertilizantes e defensivos) e combustível, entre outros.


Dentre esses, a alimentação, que representa mais de 30,0% dos custos operacionais da produção, fertilizantes e suplementos minerais, que tem correlação com o dólar, merecem destaque. Sem falar na alta da energia, combustíveis e mão de obra no começo do ano.


O preço do milho está firme, a saca de 60 quilos está custando 36,8% mais na comparação com outubro de 2014. Os principais fatores de sustentação das cotações são: exportações aquecidas; expectativa de redução da área e da produção da primeira safra no Brasil e revisão para baixo da safra norte-americana 2015/2016.


Para o farelo de soja, em São Paulo, o alimento concentrado ficou cotado, em média, em R$1.355,20 por tonelada, sem o frete, na primeira quinzena de outubro. Na comparação com igual período do ano passado, o pecuarista está pagando 28,9% mais pelo farelo.


Considerações finais


O planejamento das compras de insumos é essencial e deve ser feito de forma criteriosa.


Em um ano não favorável e de incertezas, como 2015, a sugestão é para o produtor colocar a casa em ordem, com investimentos comedidos.


As margens da pecuária leiteira estão estreitas, por isso, o planejamento da atividade para redução dos custos é essencial para resultados econômicos positivos.



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