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Carta Grãos - Previsão de safra cheia nos Estados Unidos e pressão de baixa no mercado internacional


Quarta-feira, 17 de setembro de 2014 - 08h20

No relatório de setembro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para cima as produções norte-americanas de milho e soja em 2014/2015.


Foram estimadas 106,50 milhões de toneladas de soja, frente as 103,85 milhões de toneladas divulgadas no relatório de agosto.


Se confirmado este número, os Estados Unidos colherão 19,0% ou 17,0 milhões de toneladas a mais de soja, na comparação com a safra passada. A produção prevista para a temporada atual é recorde.


Para o milho, são esperadas 365,66 milhões de toneladas em 2014/2015, frente as 356,43 milhões de toneladas estimadas no relatório anterior.


Em 2013/2014 os Estados Unidos colheram 353,72 milhões de toneladas de milho.


A colheita do milho começou este mês nos Estados Unidos e essa previsão  positiva de produção tem pressionado para baixo as cotações no mercado internacional. Segundo o USDA, até o dia 14 de setembro, 4,0% da área de milho foi colhida no país.


O aumento da produção nos Estados Unidos significa maior concorrência para o milho brasileiro no mercado internacional neste segundo semestre. 


As exportações brasileiras reagiram em agosto, mas o ritmo diminuiu nas primeiras semanas de setembro.


Em julho, a média diária foi de 25,72 mil toneladas de milho exportadas. Em agosto, foram embarcadas, em média, 117,04 mil toneladas.


Em setembro, o volume médio exportado até a segunda semana foi de 86,54 mil toneladas por dia, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Se este ritmo se mantiver, o país deverá fechar setembro com 1,90 milhão de toneladas embarcadas.



Com relação aos estoques internos, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) estima 13,75 milhões de toneladas ao final de 2014, frente as 8,25 milhões de toneladas no final do ano passado.Diante disto, quedas nos preços do milho não estão descartadas em curto e médio prazos, mas vale destacar que nos atuais patamares o mercado travou, com a ponta vendedora ofertando volumes pequenos.


Outro ponto é que outros leilões para escoamento da produção virão.


Até então foram três, dois em agosto (dias 20 e 28), com 2,5 milhões de toneladas arrematadas, e outro no dia 11 de setembro, com arremate de 1,6 milhão de toneladas.



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