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Carta Boi - Aumentos nas exportações de carne e couro em 2013


Terça-feira, 7 de janeiro de 2014 - 16h57

A boa disponibilidade de animais para abate e a valorização do dólar, que deixa o nosso produto mais barato na moeda estrangeira, foram os principais vetores para os bons resultados dos embarques de carne e couro. 


As exportações de carne bovina in natura somaram 1,18 milhão de toneladas métricas em 2013 (MDIC), aumento de 25,3%, na comparação com o ano anterior. Veja a figura 1.



Foi o segundo ano de acréscimo no volume e a maior quantidade embarcada desde 2007, quando foram exportadas 1,29 milhão de toneladas. 


A receita foi de US$5,36 bilhões, acréscimo de 19,2%, na comparação com o ano anterior. 


O preço médio da tonelada embarcada foi de US$3.479,70, queda de 4,9%, frente à cotação média em 2012.


Exportações de couro bovino 


Foram vendidas 487,2 mil toneladas de couros, aumento de 21,0%, frente ao resultado de 2012, ano no qual foram embarcadas 402,5 mil toneladas. 


Foi o maior volume já registrado. Veja a figura 2.



O maior volume, até então, havia ocorrido em 2006, com embarque de 419,4 mil toneladas. 


O faturamento em 2013 atingiu US$2,5 bilhões, um crescimento de 20,1% na comparação anual. Em 2012 a receita foi de US$2,08 bilhões. 


Assim como ocorreu para a carne bovina in natura, a cotação média das peles exportadas caiu em 2013. Recuou de US$5,17/kg em 2012 para US$5,13/kg no último ano. 


Oferta de bovinos


Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os abates de bovinos foram de 25,58 milhões de cabeças entre janeiro e setembro de 2013.


Foi a maior quantidade já abatida no período. Como os dados até setembro são os últimos disponíveis, as análises serão feitas comparando este mesmo período nos outros anos. 


Essa quantidade foi 9,8% maior que a registrada em 2007, o ano com o segundo maior volume de bovinos abatidos até setembro. 


A maior oferta supriu os mercados interno e externo, ambos com demanda forte em 2013. Veja a figura 3.



Câmbio


Além da disponibilidade de gado, o que influencia no mercado do boi gordo, o câmbio define a cotação da matéria prima em dólares, fundamental para a competitividade no mercado externo. 


Em 2013, o dólar subiu 10,2%, na comparação com 2012. 


Com isto, o preço da arroba em dólares caiu 2,8%, mesmo com a valorização de 7,1% em reais.


Na comparação com o preço médio de 2011, houve desvalorização de 20,2%, em dólares. 


Expectativas para 2014


A oferta de bovinos para abate deverá cair em 2014, embora ainda seja esperado um volume historicamente bom. 


Isto tende a ocorrer devido aos abates de fêmeas em expansão nos últimos anos, que deverá afetar a disponibilidade de bovinos neste ano. 


Se o consumo se mantiver em bom patamar, é possível que ocorram preços firmes no mercado interno, o que pode diminuir a competitividade da carne bovina lá fora. 


Ainda assim, o câmbio poderá ajudar em 2014. Segundo o Relatório Focus, do Banco Central, a expectativa do mercado é de cotação média de R$2,40 por dólar, 11,2% acima do observado em 2013.


A Associação Brasileira dos Exportadores de Carnes (ABIEC) projeta um crescimento de 20,0% nas exportações de carne bovina em 2014.


Para o setor coureiro, um bom volume de abates e o câmbio favorável também são positivos para os embarques. 


No entanto, como boa parte da produção já é exportada, é possível que o setor sinta com mais intensidade a redução da oferta de matéria prima. 



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