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Scot Consultoria

Carta Gestor - A importância dos ativos da empresa no custo de produção


Segunda-feira, 23 de setembro de 2013 - 17h46

Nesta edição tratamos dos passos que devem ser realizados para se iniciar o controle dos custos de produção de uma propriedade rural, segundo a metodologia da Scot Consultoria.


Por mais que, de maneira geral, se dedique mais atenção aos custos variáveis, os desembolsos, começamos o controle dos custos de produção com o levantamento do inventário, que deve ser organizado de acordo com a liquidez dos ativos.


Na tabela 1, a divisão dos tipos de ativos e a descrição de cada um.



A função do inventário é dar subsídio para a apuração do valor da empresa (através do capital médio) e proceder ao cálculo das depreciações, que incidem sobre os ativos intermediários e imobilizados. Mas, antes disso, precisamos dos valores iniciais, finais e vida útil destes ativos. 


Para os valores iniciais, sugerimos os valores dos ativos em estado novo, a serem atualizados todo ano. Para os valores finais, uma porcentagem média do valor inicial, conforme o bom senso, padrões e histórico de cada empresa. Para a vida útil, vale a mesma dica usada para o valor final dos ativos, ou seja, varia de empresa para empresa.


O capital médio e a depreciação


De posse das informações citadas, podemos aplicar as fórmulas do capital médio e depreciação. 


O capital médio representa o valor atual aproximado da empresa. Não tem a precisão de uma avaliação ou perícia, mas é considerado um bom valor médio da propriedade. É calculado com base nos ativos intermediários e imobilizados.


A depreciação, que compõe o que chamamos de custo fixo, nada mais é do que os provisionamentos para que o bem possa ser renovado ao final de sua vida útil. Também é calculado com base nos ativos intermediários e imobilizados, com exceção da terra.


Conforme nossa metodologia, procedemos aos cálculos segundo as fórmulas apresentadas a seguir.



Assim, chegamos aos resultados que constam na tabela 2.



Utilizamos para este cálculo, hipoteticamente, um valor final de 5,0% do valor inicial para edificações, instalações e equipamentos, de 10,0% do valor inicial para máquinas e veículos e valor final nulo para as pastagens, contando que estarão em ponto de reforma. Para a vida útil, foram 25 anos para edificações e instalações, 15 anos para a pastagem e 10 anos para as máquinas, veículos e equipamentos.


Com base nestes valores, o valor médio da empresa é de R$55,63 milhões. Já as depreciações, ou custo fixo, somariam R$1,08 milhão ao ano.


A depreciação deve ser inserida no cálculo do custo total, sendo somada aos custos variáveis.


Considerações finais


A depreciação é um custo importante. Não considera-lo pode levar a erros de análise dos resultados econômicos.


Quando as receitas cobrem apenas os custos variáveis, e não a soma destes com os custos fixos (depreciações), tem-se uma falsa impressão de lucro. Mas, na verdade, a empresa encontra-se em um processo de sucateamento de seus ativos. 


Daí a importância do levantamento, classificação e análise dos ativos e de inseri-los no custo total.



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