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Scot Consultoria

Carta Conjuntura - O consumo de lácteos cresce 3,0% ano


Segunda-feira, 19 de agosto de 2013 - 17h42

A demanda por produtos lácteos no Brasil cresceu a uma taxa de 3,0% ao ano na última década. Cada brasileiro consome, em média, 170,0 litros de leite equivalente por ano, segundo a Embrapa. 


Este incremento no consumo foi favorecido, principalmente, pelo aumento da renda da população e também pela diversificação do portfólio de produtos derivados do leite. Ou seja, cresceu a demanda por produtos de maior valor agregado, o que é bom para o setor de laticínios.


O aumento da população urbana e as mudanças no ritmo de vida também favoreceram o consumo de leite no Brasil.
Apesar disso, o consumo per capita de leite ainda está baixo.


O Ministério da Saúde recomenda o consumo de 210 litros por pessoa por ano. Existe, portanto, um déficit de consumo de pelo menos 40 litros por habitante.


Multiplicando esse volume por 200 milhões de pessoas (população brasileira), temos um potencial de crescimento da demanda brasileira da ordem de 8 bilhões de litros. O consumo atual é de 32,0 bilhões de litros, em função disso estamos falando de uma demanda potencial de 40,0 bilhões de litros de leite no país.


Este volume está próximo do que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estima para a demanda brasileira em 2021/2022.



Esse potencial é um fator positivo para o setor, que desde a crise de 2008 vem buscando se estruturar e passa por transformações.


Cenário atual


O mercado de leite ganhou sustentação desde o final de 2012.


A demanda no varejo está boa e a oferta de leite para a indústria está diminuindo desde o pico de produção, registrado em dezembro de 2012. Agora estamos na entressafra.


A concorrência fez com que o preço ao produtor subisse. Porém, este ano, diferente de 2012, os laticínios estão conseguindo repassar os aumentos para o atacado, inclusive com margens maiores.


No atacado, segundo levantamento da Scot Consultoria, o preço do leite longa vida subiu 31,1% desde janeiro. O produto está 31,9% mais caro na comparação com o mesmo período do ano passado (figura 2).



Ainda em relação a julho de 2012, o preço médio do leite ao produtor subiu 19,2% e, apesar disso a margem dos laticínios aumentou (figura 3).



Considerações finais


O ano de 2013 deverá ser de recuperação do setor leiteiro, tanto na base produtiva, como na indústria processadora.


A crescente demanda é o ponto principal. Além disso, o potencial de aumento da produtividade no campo e da indústria de laticínios são fundamentais para que esse cenário aconteça.


No contexto mundial, o Brasil aparece com potencial exportador, mas uma série de trabalhos para que esse cenário se concretize ainda será necessário.


O setor primário deverá passar por importantes transformações nos próximos anos em função do processo de reorganização e consolidação do segmento industrial. 


Existem iniciativas da indústria para melhorar a qualidade dos produtos lácteos e a eficiência no processamento.


Casos de fraude do leite, como o que aconteceu no Rio Grande do Sul em maio, prejudicam o setor como um todo, pois abala a confiança do consumidor e pesa contra a construção desse quadro promissor.



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