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Carta Gestor - Diluição dos custos fixos na pecuária


Sexta-feira, 21 de junho de 2013 - 14h36

Custos fixos


Os custos fixos são itens do custo que não variam conforme a escala de produção (dentro de certo intervalo tecnológico ou de produção). 


Quando se fala em redução de custos fixos, ou diluição de custos fixos, a primeira coisa que vem à mente é o aumento de escala de produção.


O aumento da escala de produção, de forma vertical, é uma importante forma de diminuir os custos fixos por unidade produzida, associada a um correto dimensionamento das benfeitorias e maquinário.


Deve-se fazer uma análise técnica e econômica, para entender o perfil dos custos da fazenda e tecer uma estratégia.


Diluição dos custos fixos na prática


Imaginemos que uma fazenda possua um curral e que para construí-lo gastou-se R$100 mil.


Consideremos que a vida útil desse curral seja de 20 anos e que o seu valor final, ou valor de sucata, seja 5% do valor inicial.


Para calcular a depreciação, diminuímos o valor de sucata do que se gastou com a construção. Depois diluímos esta perda pelo tempo de utilização do bem.


Assim temos:


Depreciação = (valor inicial - valor final)


                                   vida útil


 


Depreciação = (100 mil - 5 mil) = 95 mil = 4.750,00


                                   20                     20


Desta forma, a depreciação anual do curral é de R$4.750,00.


Imaginemos um rebanho de 500 cabeças de bovinos.


Dividindo a depreciação anual do curral pela quantidade de cabeças que trabalhamos neste curral temos:


 


Custo da depreciação do curral, por cabeça/ano = R$4.750 = R$9,50.


                                                                                         500


O resultado é um custo fixo do uso do curral por esse rebanho de R$9,50/cabeça/ano. 


Pois bem, digamos que o proprietário decidiu aumentar sua escala de produção para diluir esse custo fixo, diminuir o custo de uso do curral.


Nesse intuito, o rebanho aumentou o rebanho em 200 cabeças e passou para 700 cabeças, sem necessidade de investimentos no curral e demais benfeitorias.


Temos o seguinte:


R$4.750 = R$6,79 por cabeça/ano.


 


    700


O custo fixo com o uso do curral caiu 28,5% por cabeça, ou R$2,71/cabeça, com esse aumento de escala de produção.


Considerações finais


Quanto maior for a participação dos custos fixos na composição dos custos totais da fazenda, maior será o impacto do aumento da escala de produção na diminuição ou diluição dos custos por unidade produzida, e nos resultados finais.


Em uma atividade cujas margens são pequenas como é a da pecuária, qualquer fonte de otimização dos resultados deve ser considerada.



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