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Scot Consultoria

Dólar em Alta!


Sexta-feira, 16 de agosto de 2019 - 10h45

Médico veterinário, pós-graduado pela ESPM, MBA em finanças pelo Insper-SP e sócio diretor da Radar Investimentos


Foto: pixabay.com


A expectativa de alta do mercado futuro para o segundo semestre de 2019 estava ancorada basicamente em duas premissas: um maior volume de exportações (com destaque absoluto nesse quesito para a China) e uma menor oferta de animais na entressafra. Esses foram os fatores que impulsionaram as cotações para os patamares de até R$ 165,00/@ para os meses de outubro e novembro, além de motivar um grande volume de negociação na opção de compra de nível R$ 170,00/@ para o mês de outubro.


Desses dois fatores o que mais deixou a desejar foi a exportação para a China, que apesar de estar em volumes recordes, não aumentou tanto quanto todos esperavam dada a gigantesca demanda causada pelo impacto na peste suína no rebanho deles. A expectativa é que o número de plantas habilitadas mais do que dobrasse neste ano, porém o que aconteceu até agora foi que nenhuma nova planta foi liberada até o momento. Além disso, a restrição da oferta na entressafra ainda não foi grande como o esperado e apesar de existirem estados muito complicados, como Pará e Tocantins, na maioria das regiões produtoras o cenário é de mercado firme, sem espaço para recuos, mas subindo numa velocidade menor do que o esperado.


Tendo esse cenário em mente, o mercado futuro recuou significativamente de suas máximas, porém ainda precifica o contrato de outubro ao redor de R$ 159,50 e novembro ao redor de R$ 161,00/@. Apesar da diminuição da inclinação da curva, nem tudo está perdido, já que com ou sem China, a expectativa de melhora das exportações permanece intacta. Muito disso pode ser explicado pela alta do dólar, cuja cotação voltou a ficar acima de R$ 4,00 favorecendo enormemente nossas exportações. Acompanhe no gráfico a seguir


Figura 1.
Dólar comercial desde 2018.

Fonte: Broadcast / Elaborado por Radar Investimentos 


A alta do dólar tende a dar novo gás para as exportações que tradicionalmente são mais aquecidas no segundo semestre e esse poderá ser o principal vetor que ajudará na precificação da arroba no segundo semestre. Isso acontecerá com ou sem novas plantas habilitadas para a China, porém caso isso ocorra esse ano, será um importantíssimo gatilho para novas altas. Vale a pena ficar na torcida.



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