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Scot Consultoria

A bola está com o pecuarista...


Quinta-feira, 13 de dezembro de 2018 - 15h40

Médico veterinário, pós-graduado pela ESPM, MBA em finanças pelo Insper-SP e sócio diretor da Radar Investimentos


Foto: Scot Consultoria


Depois da pressão baixista que ocorreu com o maior volume de animais confinados ofertados em outubro e novembro, o mercado físico do boi gordo vem trabalhando novamente em ambiente firme nas últimas semanas, retomando o patamar de R$150,00/@, à vista e livre de Funrural, em São Paulo, onde também não são incomuns negócios acima desse patamar.


Além da menor oferta, consequência da maior dependência dos animais de pasto, o que vem chamando a atenção é o comportamento da carne no atacado, trabalhando em ambiente bastante firme nas últimas semanas. Esse movimento de melhora da demanda em dezembro é normal e sempre aconteceu, porém, nesse ano aparentemente ele tem sido mais forte e, como ele não foi acompanhado pela mesma intensidade de alta no mercado físico, a margem das indústrias teve uma sensível melhora. Acompanhe na figura 1 o diferencial entre o a arroba do boi gordo e o preço de venda da carne com osso no atacado.


Figura 1.
Diferencial entre o a arroba do boi gordo e o preço de venda da carne com osso no atacado.

Fonte: Broadcast / Radar Investimentos


Se no mercado interno a melhora da margem das indústrias foi notável, no mercado externo a situação também não é diferente, já que o ritmo dos embarques permanece bastante forte, com 2018 se consolidando como o ano com o maior volume de carne bovina exportada pelo Brasil na história. Com os ventos da demanda soprando a favor, a possibilidade de altas mais consistentes no preço do boi gordo fica na dependência do nível de oferta que teremos de agora em diante. As chuvas foram generosas em todas as regiões pecuárias e estados tradicionais produtores de boi de pasto, como Mato Grosso do Sul já começam a apresentar aumento de oferta devido a essa condição favorável. Com pastos em ótimas condições de suporte, em tese o pecuarista pode se dar ao luxo de esperar o melhor momento de venda e o rumo dos preços de agora em diante vai ser ditado em grande parte pelo ritmo dessa oferta nas próximas semanas. A bola, portanto, está nos pés dos pecuaristas, resta saber se o time vai jogar unido para buscar o gol ou se vai perder a posse para o “adversário”.


 



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