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Scot Consultoria

Esalq na máxima do ano e futuro caindo?


Quinta-feira, 27 de setembro de 2018 - 16h10

Médico-veterinário, pós-graduado pela ESPM, MBA em finanças pelo Insper-SP e sócio diretor da Radar Investimentos


Fonte: Scot Consultoria


No dia 26/9/2018 o Índice Esalq à vista subiu R$0,40/@ atingindo R$151,40 na referência livre à vista em São Paulo, sendo esse seu maior valor do ano até o momento. Só que o mercado futuro parece estar precificando uma outra realidade, já que caiu R$1,40 no pregão de 26/9 e no pregão de hoje cai mais R$0,50/@, com outubro atingindo na mínima do dia R$149,10/@.


Na semana anterior, o mercado futuro já havia caído, com out/18 testando a barreira dos R$151,00/@ mas se recuperando e retomando o patamar dos R$152,00 novamente, porém, sem conseguir se manter nessa base, voltou a recuar, só que dessa vez mais forte, atingindo as mínimas de R$149,10. O principal fator por trás dessa queda do mercado futuro foi o aumento das escalas de abate em São Paulo. Basicamente quem pagou preços mais altos na praça paulista, ao redor de R$154,00/@ a R$155,00/@, à vista, bruto de Funrural, conseguiu dar um bom fôlego nas escalas, como pode ser observado na figura 1. 


Figura 1. Média das escalas de abate em SP, em dias úteis.



Fonte: Radar Investimentos


Esse fator, aliado à forte queda do dólar, que no pregão de 27/9 rompeu para baixo a barreira dos R$4,00 pode ter desencadeado um movimento de liquidação de posições compradas, que acelerou queda do mercado futuro.


O teste para ver se essa queda terá continuidade será as tentativas de impor recuos de preços no físico, que, com certeza, ocorrerão em São Paulo na semana que vem. Caso elas tenham êxito, aí o mercado poderá vir tentar achar algum ponto de equilíbrio abaixo das cotações atuais, porém, caso a falta de oferta não permita esses recuos, o movimento terá sido apenas um evento de volatilidade normal de mercado. Até agora essa melhora nas escalas de abate ocorreu apenas na praça paulista, com todas as outras em situação ainda muito difícil. O consenso sempre foi que outubro poderia ter mais oferta de bois do que setembro, e que o pico de preços ocorreria na virada de setembro para outubro, o ditado diz que toda unanimidade é burra, descobriremos qual será o veredito do senhor mercado a esse respeito na semana que vem! Quem aproveitou a alta para fixar preços ou comprar seguro de preço mínimo pode assistir a esse desfecho sem maiores sobressaltos.



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