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Scot Consultoria

Exportação recorde em julho!


Sábado, 4 de agosto de 2018 - 10h00

Médico veterinário, pós-graduado pela ESPM, MBA em finanças pelo Insper-SP e sócio diretor da Radar Investimentos


Foto: foodlovers.do


O cenário de pouca oferta e preços firmes é o que perdura no mercado atualmente. Com isso, os preços vão ganhando sustentação dia após dia, porém, sem ainda aquelas já saudosas fortes altas que costumavam ocorrer nas entressafras passadas. O principal inibidor do apetite da indústria é o consumo no mercado interno, que anda lento e limita a demanda por bois nos preços atuais. Atualmente até existe uma maior demanda por cortes grill, pela expectativa com o Dia dos Pais, porém, os demais cortes permanecem sem grandes novidades no escoamento.


A boa notícia da semana foram os dados das exportações de julho que vieram muito fortes e totalizaram, de acordo com o MDIC, 131 mil toneladas, sendo o segundo maior volume exportado na história do Brasil perdendo apenas para maio de 2007. Mais impressionante do que o grande volume foi o aumento das cotações em dólares de quase 15%, o que aliado à alta do dólar trouxe um aumento de 37,3% no preço médio da tonelada em reais. Esses números explicam o grande apetite das indústrias exportadoras pelo chamado “Boi Europa” cujos prêmios com relação ao boi comum têm sido bastante elevados nas negociações atuais.


O cenário de baixa oferta, exportação forte e diferenciais de base fechados é a receita certa para altas mais fortes no mercado, só que essa alta tem ocorrido de forma gradual por conta da carne no mercado interno que faz os preços subirem “com o freio de mão puxado”.


Infelizmente a altíssima taxa de desemprego atual com mais de 13 milhões de trabalhadores sem trabalho não será revertida nesse ano e, portanto, continuaremos a ter problemas de demanda no restante da entressafra. A saída para que os preços do mercado físico superem os preços já atingidos no mercado futuro vai depender de uma maior restrição de oferta nos próximos meses e da manutenção ou ampliação do volume de exportações obtido em julho.


A volatilidade do mercado futuro tem ficado bastante baixa e esse fator aliado à alta do mercado futuro tem proporcionado seguros de preço mínimo a custos bem competitivos. Apenas como referência, preço mínimo de R$148,00/@ foi negociado a R$1,50/@; R$147,00 a R$1,15/@ e R$146,00 a R$0,90/@.



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