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IDP surpreende positivamente em outubro/16, enquanto déficit em transações correntes se aprofunda com enfraquecimento da balança comercial


Terça-feira, 22 de novembro de 2016 - 15h40

Parallaxis Consultoria - informações sob indicadores econômicos em geral.



O balanço de pagamentos de outubro/16 voltou a registrar déficit das transações correntes, de US$ 3,3 bi, de acordo com a nota de Setor Externo divulgada hoje pelo Banco Central. O resultado apresentou um déficit menor em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando havia registrado US$ -4,3 bi, porém ampliando-se em relação ao mês de setembro/16 (déficit de US$ 503 mi). Apesar do resultado ruim, este foi o menor déficit para o mês nos últimos 6 anos.



Dentro das Transações Correntes, o saldo da Balança Comercial seguiu superavitário, registrando saldo positivo de US$ 2,1 bi, abaixo do resultado setembro/16 (US$ 3,6 bi), devido principalmente ao recuo das exportações (-13,2%), superior ao recuo das importações (-4,8%) em relação ao mês anterior, decorrência da sazonalidade do período. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o saldo comercial avançou 21,8%.


 A conta de serviços apresentou despesas líquidas de US$ 2,8 bi em outubro/16, avanço marginal (0,2%) na comparação interanual. A nota demonstrou aumento nas despesas líquidas de serviços de propriedade intelectual (17,8%) e recuo de aluguel de equipamentos e telecomunicação, computação e informações, respectivamente, -18,6%, e -9,3% em out/16 na variação interanual. Já a conta de viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$ 988 mi, cerca de +80%, na mesma base de comparação. As receitas com viagens avançaram 4,3%, enquanto as despesas subiram 42,0%, em comparação com o mesmo período do ano anterior.


Nas rendas primárias, que somaram despesas líquidas de US$ 3,0 bi no mês (-15,0% a/a), as remessas líquidas de lucros e dividendos registraram US$ 1,6 bi (-31,0%), ao passo que as despesas líquidas de juros no mercado externo ficaram em US$ 1,5 bi (+13,4% a/a). No mês, as receitas líquidas da conta de renda secundária totalizaram US$ 330 mi.


Já a Conta Financeira registrou superávit de US$ 3,2 bi no mês, auxiliado principalmente pelo Investimento Direto no País (IDP), que somou US$ 8,4 bi em outubro. Deste resultado do IDP, US$ 4,7 bi corresponderam a participação no capital, ao passo que houve créditos líquidos de US$ 3,7 bi referentes aos empréstimos intercompanhias. Lembrando que este resultado atípico pode ter relações com o programa de Repatriação executado pelo governo. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve aumento do IDP de 25,1%. Já no acumulado Jan-Out de 2016, contra mesmo período de 2015, o IDP está estável. O IDP no acumulado em 12 meses permanece relevante e financiando o déficit em conta corrente. 



Em 12 meses, o déficit em transações correntes recuou marginalmente de US$ 23,3 bi para US$ 22,3 (1,25% do PIB), confirmando o ritmo mais brando de ajuste nas contas externas, após intenso período de adequação. O déficit em conta corrente segue majoritariamente financiado pelo IDP, que no mesmo período somou 4,2% do PIB, ou seja, US$ 75 bi, superando o déficit em conta corrente acumulado nesses 12 meses.


Para novembro, o déficit nas transações correntes deverá recuar para US$ 2,0 bi, ajudado pelo resultado menos negativo das rendas primárias e maior saldo na balança comercial. Por outro lado, o IDP deverá apresentar ingressos líquidos inferiores ao observado em outubro, entre US$ 6 bi e US$ 7 bi, contudo ainda permanecerá acima da média mensal deste ano.    




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