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Scot Consultoria

Movimento de baixa perdeu força no mercado de leite


Terça-feira, 16 de fevereiro de 2016 - 14h00

Zootecnista pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Ilha Solteira. Mestre em Administração de Organizações Agroindustriais pela Universidade Estadual Paulista - UNESP, Campus de Jaboticabal. Consultor e analista da Scot Consultoria. Coordena as divisões de pecuária de leite, grãos, insumos, avaliação e perícia. Ministra aulas, palestras, cursos e treinamentos nas áreas de mercado de leite, boi, grãos e assuntos relacionados à agropecuária em geral. Editor-chefe da Carta Leite, da Carta Grãos e do Relatório do Mercado de Leite, publicações da Scot Consultoria.



Considerando a média nacional, o preço do leite ao produtor teve ligeira alta (0,1%) no pagamento de dezembro de 2015, referente ao leite entregue em novembro.


Segundo levantamento da Scot Consultoria, o produtor recebeu, em média, R$0,960 por litro.


O preço médio em 2015, sem considerar o leite entregue em dezembro (pagamento em janeiro de 2016) foi de 0,948 por litro, uma queda de 2,1% frente ao mesmo período do ano passado, em valores nominais. Corrigindo pelo IGP-DI, a diferença é de 8,0%.


Figura 1.
Preço do leite ao produtor (média nacional ponderada) - em R$/litro, valores nominais.* estimativa
Fonte: Scot Consultoria - www.scotconsultoria.com.br


Houve queda dos preços do leite na região Sudeste e Brasil Central, mas os recuos foram amenizados pelas faltas de chuvas em algumas áreas, que tem interferido nas pastagens e na produção de leite.


Na região Sul, por sua vez, os preços subiram no Rio Grande do Sul e Paraná e ficou praticamente estável (queda de 0,05%) em Santa Catarina.


Cabe destacar que o custo de produção em alta e as margens mais apertadas para o produtor têm diminuído os investimentos e gastos na atividade leiteira, o que limita o crescimento da produção.


Segundo o Índice Scot Consultoria para a Captação de Leite, em novembro, a produção, considerando a média nacional, aumentou 0,2% na comparação com o mês anterior.


Para dezembro, o aumento previsto é de 0,4% na captação (dados parciais), em relação a novembro último.


Para o pagamento de janeiro de 2016 (produção de dezembro de 2015), 76% dos laticínios pesquisados acreditam em manutenção dos preços do leite ao produtor, 17% falam em quedas e os 7% restante estimam alta para o produtor.


Em curto e médio prazos, o movimento de alta deverá perder força.


Em janeiro deverá ocorrer o pico de produção de leite no Brasil Central e região Sudeste. A partir daí, a expectativa é de queda na produção, o que deve dar sustentação as cotações do leite e derivados em todos os elos da cadeia.


Do lado do consumo, espera-se melhora a partir de fevereiro, com o final das festas e férias, mas de qualquer maneira 2016 ainda será um ano de demanda interna patinando.


No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços ficaram estáveis em dezembro de 2015 e subiram na primeira quinzena de janeiro deste ano, oque indica uma oferta mais ajustada e maior concorrência neste mercado.


Por fim, do lado dos custos de produção, os alimentos concentrados continuam pesando mais no bolso do pecuarista.


Destacamos a forte alta do milho em janeiro de 2016, em função das exportações brasileiras aquecidas. Em São Paulo, o cereal está custando 58,6% mais, em relação ao mesmo período de 2015.


Planejamento, gestão e estratégia de compra de insumos serão essenciais para o sucesso da atividade, diante das margens mais apertadas.


A sugestão é cautela e acompanhamento do mercado e fatores que podem interferir no mercado de leite e custos de produção, como o câmbio por exemplo.



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