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Nunca o “dia de desenhar Maomé” se mostrou tão importante


Quinta-feira, 8 de janeiro de 2015 - 16h33

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Após o chocante atentado ocorrido ontem em Paris contra o cartum "Charlie Hebdo", que dizimou praticamente toda a redação da empresa, em um massacre que há muito não se via em solo francês, está na hora da civilização ocidental tomar uma posição enérgica em defesa da liberdade de expressão. Nesse sentido, esse lamentável incidente pode e deve servir para pôr definitivamente em pauta a discussão sobre a opressão mais palpável do mundo moderno: a opressão do discurso politicamente correto.


É sempre bom lembrar que já há um movimento anual contra a opressão do politicamente correto em defesa da liberdade de expressão, princípio básico da democracia liberal. É o "Draw Mohammed Day", ou "dia de desenhar Maomé", criado em 2010 de maneira difusa por norte-americanos após um episódio da série de cartum animado South Park ser censurado e editado pela emissora por conta de ameaças feitas por terroristas em virtude dos cartunistas terem usado Maomé como personagem. Esse dia se repete pelo menos uma vez por ano, e esse é o melhor momento para se fazer isso.


O discurso anti-liberdade de expressão não está atrelado apenas ao Islã, mas sim a toda cultura que se opõe frontalmente à cultura ocidental liberal-conservadora judaico-cristã, como é o caso da cultura socialista. A recente tentativa do governo da Coreia do Norte de censurar o filme "A Entrevista", que retratava o ditador Kim Jong Un como uma figura caricata (o que ele de fato é), através de ameaças e cyber-terrorismo, apenas aprofunda a necessidade de defesa das instituições da cultura ocidental.


Nesse momento de dor e revolta, é difícil tolerar discursos tão ensandecidos quanto os que foram ouvidos ontem por pessoas como o cartunista (!) Laerte, dizendo que esse atentado vai favorecer a extrema-direita europeia, que também é intolerante e adversária cultural da civilização ocidental, até porque a extrema-direita nacional-socialista não tem nada de direita liberal-conservadora, sendo muito mais afeita ao movimento socialista, como seu próprio nome diz. Mas precisamos fazer esse engrandecimento de espírito e tolerá-los, sem, contudo, aceitá-los. Tolerar esse discurso não pode se confundir com aceitar o discurso. Devemos repeli-lo com todas as forças. Começando pela fina arte dos cartuns.


Por Bernardo Santoro



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