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Scot Consultoria

De olho na agricultura!


Sexta-feira, 1 de agosto de 2014 - 16h10

Médico Veterinário pela UFMS – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, mestrando em Administração de Organizações na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP). Consultor de mercado. Coordenador da divisão de couro e sebo. Coordenador da divisão de consultoria a revendas agropecuárias. Coordenador da divisão de reprodução animal. Editor chefe do informativo Boi & Companhia.


Com a evolução da tecnologia agrícola, foi desenvolvida a agricultura de precisão, um manejo integrado de informações e ferramentas visando a otimização de variáveis como espaço e tempo, influenciando diretamente os cultivos, aumentando a produção e, consequentemente, o lucro.


Os VANTs (veículos aéreos não tripulados) popularmente conhecidos como drones (termo americano fazendo analogia a zangões) surgiram no meio militar como estratégia de espionagem e ataques aéreos, porém, nos últimos anos vêm ganhando destaque no meio civil.


A Fotogrametria é a ciência que mapeia áreas através de câmeras embarcadas em aviões. Esta técnica surgiu na França no século passado, mas devido ao seu alto custo, somente grandes empresas e o setor público tinham acesso aos seus produtos.


Com a chegada dos drones esta técnica se tornou acessível e se popularizou em segmentos como construção civil, infraestrutura e agricultura.


Este "espião" particular tornou-se um grande aliado do agricultor, trazendo um novo olhar sobre as lavouras. Tem sido testado para vistoriar, vigiar e tomar algumas decisões estratégicas antecipadas nas fazendas, substituindo o risco e o custo que aviões tripulados teriam.


Um drone é composto por uma câmera RGB, que varia desde pequenas câmeras compactas, que são usadas nos dia a dia, a câmeras profissionais de fotografia. Além das câmeras, possui um sistema receptor GPS (Sistema de Posicionamento Global) e um IMU (Sistema Inercial).


O GPS é responsável pela movimentação autônoma e garante o posicionamento das imagens (coordenadas), já o IMU é utilizado para minimizar os erros e garantir uma maior precisão das fotos, é responsável pela posição da aeronave no instante de tomada da imagem.


Através deste sistema e um pós-processamento destas imagens é possível gerar um mosaico de imagem georreferenciado, que dará subsídio à gestão estratégica das lavouras.


Através das imagens coletadas é possível mapear a topografia do terreno, auxiliar a geração de curvas de nível (declividade), levantamento de falhas no plantio, classificação da ocupação do solo, geração de rotas para colheitas automatizadas (movidas a GPS).


Através de câmeras com infravermelho, capazes de verificar a quantidade de água e ar no interior da planta, é possível determinar a saúde da vegetação, exibindo nos mapas as áreas sadias e doentes, estresse hídrico e até mesmo carência de nutrientes no solo, como a falta de nitrogênio.


Comparados às imagens de satélites, os drones possuem uma menor área de cobertura, porém, se sobressaem em diversos aspectos, como a possibilidade de realização de voos diários, voos em dias nublados (voam abaixo das nuvens). A grande diferença está na riqueza de detalhes do solo. Com os drones é possível obter uma resolução de 2,0cm em solo, frente aos 50,0cm das imagens de satélite.


Com a utilização dos drones há diminuição dos custos de produção, melhorias na gestão e logística das lavouras, resultando em aumento da produção, diminuição dos custos e, consequentemente, aumento dos lucros.


Uma grande barreira para o crescimento deste mercado é a legislação, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) é a responsável pela regulamentação desta técnica. Hoje é possível a utilização para fins de pesquisa e desenvolvimento em áreas onde não há um tráfego intenso (zona rural e mar aberto).


No Brasil há apenas duas aeronaves comerciais certificadas pela ANAC. O modelo Nauru 500A, movido a gasolina e com autonomia de até cinco horas e meia de voo, e o ECHAR 20A, movido a eletricidade, com autonomia de 45 minutos de voo, ambos da fabricante brasileira Xmobots, situada em São Carlos, interior de São Paulo.


A quantidade de dinheiro que os fundos de investimentos nos EUA investiram em startups de drones dobrou de um ano para o outro. Em 2012 foram investidos 20 milhões de dólares, enquanto em 2013 os aportes somaram 41 milhões.


Especialistas estimam que o mercado de drones deve saltar de menos de 6 bilhões de dólares em 2014 para 12 bilhões em 2023.


Fontes Consultadas: info.abril.com.br, embrapa e geoimages mapeamento aéreo.


Colaborou Mateus Ferreira, graduando em zootecnia e em treinamento pela Scot Consultoria.



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