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Suíça e o salário-mínimo


Segunda-feira, 19 de maio de 2014 - 16h53

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


O povo suíço votou ontem contra a adoção de um salário-mínimo que equivaleria a dez mil reais, o que faria da Suíça o país com maior salário-mínimo do mundo. A rejeição foi sonora: 77,0% dos eleitores foram contra a proposta de referendo apresentada por partidos de esquerda e sindicatos, que argumentaram ser essa medida essencial para promover um salário digno, distribuir a renda no país e também ajudar a diminuir a diferença de salários pagos a homens e mulheres (que representam a maioria entre os que recebem menos).


Na verdade, a adoção do salário-mínimo retiraria o poder de barganha de todas as pessoas que recebem baixos salários em virtude da sua baixa produtividade e baixa qualificação. Havendo excesso de oferta de trabalho, os empresários escolheriam os trabalhadores mais qualificados, deixando os menos qualificados de fora, no caso de um alto piso salarial. É justamente a liberdade de preço que torna o trabalho dos menos qualificados mais competitivo. No caso de escassez de trabalho, os salários crescem acima do mínimo naturalmente e não há necessidade dessa legislação.


Por conta da liberdade contratual suíça, a taxa de desemprego do país é de apenas 3,5%. A competitividade dos pobres na Suíça é muito grande, e a liberdade econômica ainda cria um incentivo para maiores salários e mais empregos.


Além disso, tendo o salário-mínimo como indexador, a criação de efeito inflacionário é muito grande, e poderia levar a uma deterioração completa da forte economia suíça.


A pergunta que fica é: havendo um modelo político e econômico tão bem sucedido, por que continuamos a teimar em reproduzir modelos falidos? Os bons modelos precisam ser copiados, não os ruins.


Por Bernardo Santoro



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