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Scot Consultoria

ILPF uma maneira sustentável de se produzir mais


Quinta-feira, 10 de abril de 2014 - 16h46

Engenheiro Agrônomo pela UNESP - Jaboticabal, em treinamento pela Scot Consultoria.


A necessidade de aumentar a produção de forma sustentável faz o pecuarista buscar novas formas de trabalho. 


Nesse contexto, a Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF) aparece para dinamizar a produção e tentar solucionar o problema das pastagens degradadas e da baixa rentabilidade da atividade pecuária.


A ILPF consiste basicamente em produzir de forma associada, grãos, fibras, carne e/ou leite na mesma área.


Variações da ILPF


Há variações sobre a integração, entre elas: integração lavoura pecuária (ILP), integração pecuária floresta (IPF).


A ILP é útil para reforma de pastagens. Neste modelo, consorcia-se durante a safra de verão uma espécie forrageira e uma produtora de grãos.


O consorcio mais utilizado na ILP é o milho e braquiária, no qual o plantio duas culturas é simultâneo das otimizando os tratos culturais e o aproveitamento de insumos.


Ao final colhe-se o milho e com o lucro obtido a partir da venda dos grãos paga-se a reforma do pasto.


Já a IPF consiste no plantio de linhas duplas ou simples de espécies arbóreas nos pastos utilizados para bovinocultura, seja ela de corte ou de leite.


Para o IPF, a espécie arbórea mais utilizada é o eucalipto em fileira dupla com espaçamento 12x2x2m.


Benefícios da ILPF


Entre os benefícios da ILPF estão a redução das causas de degradação física, química e biológica do solo, através da formação de palhada e da barreira física exercida pelas arvores.


A quebra do ciclo de doenças, devido da rotação de culturas, o conforto térmico para os animais, resultado da sombra proporcionada pelo componente arbóreo do sistema e a diversificação dos investimentos, proporcionando ao produtor duas ou mais fontes de renda.  


Cuidados na adoção do ILPF


 Ao optar por um sistema de produção integrado o produtor deve levar em conta alguns aspectos técnicos e mercadológicos como:


- Escolha do componente arbóreo e forrageiro.


- Disponibilidade de mão de obra capacitada.


- Mercado para absorção da produção.
- Gestão do sistema.


Escolha do componente arbóreo e forrageiro


A escolha deve ser feita de forma que um componente não comprometa a produção do outro. Assim, saber se a espécie forrageira apresenta tolerância ao sombreamento é fundamental para o sucesso do sistema.


Quanto à espécie arbórea, é desejável que ela apresente crescimento rápido, sem efeitos alelopáticos sobre as forrageiras, não seja tóxica aos animais e, se possível, que ela fixe nitrogênio atmosférico, reduzindo os custos com adubação nitrogenada. 


Disponibilidade de mão de obra capacitada


Em sistemas de produção integrada, a mão de obra de qualidade é um fator essencial para o sucesso do empreendimento. Um erro no desbaste, ou a falta de controle de formigas na fase inicial das espécies arbóreas, por exemplo, pode comprometer a produção e gerar prejuízos, podendo até mesmo inviabilizar o sistema.


Mercado para absorção da produção


Antes de se começar a produzir um novo produto é necessário saber se há mercado. A falta de planejamento é responsável recorrente pelo fracasso do sistema.


Em um sistema de ILPF, por exemplo, é necessário saber se há mercado para os grãos, para a fibra e a carne que será produzida.


Considerações finais


A ILPF é uma alternativa de produção, que quando bem manejada, proporciona ao produtor redução nos custos e diversificação da produção, contudo a gestão do sistema é complexa e deverá ser considerada num confronto de prós e de contras.


Fonte: Artigo baseado na revisão bibliográfica "Integração Pecuária Floresta" produzida para o II Simpósio de Produção Animal a Pasto. Autores: José Renato Silva Gonçalves¹, Marco Aurélio Alves de Freitas Barbosa², Laísse Garcia de Lima³, Rafael Mantegazza Saad4, Vinicius Campachi Brito5, Renan Lucas Miorin6 .


Colaborou Paulo Siqueira, graduando em engenharia agrônomica e em treinamento pela Scot Consultoria.



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