De jeito nenhum

Um comentarista da Rádio CBN, comentou recentemente sobre o programa de Agricultura de Baixo Carbono do governo federal, fundamentado na linha de crédito de mesmo nome. Essa linha de crédito tem o fim de financiar ações de trabalho para a redução dos gases de efeito estufa gerados pela produção de alimentos.

O comentarista faz um preambulo sobre a linha de financiamento desde o seu lançamento em 2009 e das dotações em 2010/11 e em 2011/2012. Ele diz que tem grana e que a grana está sendo mal usada, que o programa fugiu de seus objetivos, que está distorcido.

Na verdade parte das dotações não é usada. E por que não?  Por que o pessoal do sistema bancário que tem que oferecer esses créditos, nem sabem que eles existem e, por que a bronca para ter acesso ao crédito é tão grande que a grana fica lá mesmo.

Mas tem gente que consegue e, boa parte da grana tem sido usada para a recuperação de pastagens. Nesse ponto é que o comentarista diz que há distorções, no entender dele, esse dinheiro não deveria ser aproveitado pela bovinocultura. Preconceito? Não sei, mas informo que uma das melhores e mais bem sucedidas receitas de captação de carbono é um pasto produtivo e bem manejado. A pesquisa permite essa afirmação. A bovinocultura embora emita gases de efeito estufa, quando se faz um balanço criterioso, considerando o universo pecuário, o resultado é positivo. Por que dizer que há distorção?

A produção de alimentos (carne bovina, soja, milho, ovos, arroz, feijão, alface, tomate, etc.), não deveriam sofrer restrições. De jeito nenhum.