Engenheiro agrônomo formado pela Esalq – USP e consultor agropecuário.
Ainda existem muitas especulações de terras no Amapá. Empresários do agronegócio brasileiro cortam o estado mensalmente em busca de oportunidades de investimentos.
Características climáticas do Amapá
Precipitação pluviométrica:
Picos de janeiro a junho, 75% do total anual;
Julho e dezembro são meses de transição;
Estiagem delimitada entre agosto e novembro;
Precipitação varia de 2500mm a 3200mm, sendo, em média, 2800mm.
Temperatura:
Pouca variação ao longo do ano;
As maiores médias mensais ocorrem em outubro (28,4ºC) com máximas de 34,9ºC;
As menores médias ocorrem em março (25,9ºC) com mínimas de 23,4ºC;
Variação da média é ligada à máxima. A mínima é quase constante.
Insolação:
Média de 2200 horas de luz, com menor insolação mensal em março (92 horas) e maior em outubro (282 horas).
Umidade relativa do ar:
Sempre acima de 75%, com médias de 95% nos meses chuvosos e 85% na estiagem.
Somando a estas condições climáticas propícias uma perfeita logística - a que garante a menor distância do escoamento de grãos a países europeus - tem-se um estado que oferece perfeitas condições para produção de grãos.
As áreas de cerrado, aptas a cultivos, correspondem a 6,5% do território, ou seja, 932.400 hectares. Destes, 140.000 hectares pertencem à empresa japonesa que planta eucalipto.
Sabemos, contudo, que as complicações fundiárias inibem o desenvolvimento do estado, afugentando os investidores que visitam e percebem o potencial do mesmo.
Os valores das terras já alcançam os R$2.500,00 por hectare em áreas localizadas num raio de 80 km de Macapá. Já áreas mais ao norte, no município de Tartarugalzinho ou mesmo Amapá, por exemplo, são encontradas terras valendo R$500,00 o hectare.
Esta diferença de valor se dá exclusivamente devido a logística, uma vez que o tipo de solo, clima e vegetação são iguais tanto no norte como no centro sul do estado.
No município de Calçoene - AP se encontram extensas áreas de cerrado já abertas. Estas localidades distam 350 km do porto de Santana - AP, onde no futuro serão atracados navios graneleiros para escoarem a soja ao exterior.
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