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Scot Consultoria

Uma ameaça bem real


Quinta-feira, 14 de março de 2013 - 18h30

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Um asteroide tão grande quanto um quarteirão passou relativamente perto da Terra no último sábado, no mais recente episódio de uma série de visitas de objetos celestes que incluíram uma pedra do tamanho de um ônibus que explodiu sobre a Rússia no mês passado, ferindo 1.500 pessoas.


Descoberto apenas seis dias antes, o asteroide de 140 metros de comprimento passou a 950 mil quilômetros da Terra às 17h30 do sábado.  "A parte que assusta é que foi algo que nós nem conhecíamos", disse Patrick Paolucci, presidente do Slooh Space Camera, durante uma apresentação que exibiu imagens ao vivo do asteroide a partir de um telescópio instalado nas Ilhas Canárias.


Se movendo a uma velocidade de cerca de 41.800 quilômetros por hora, o asteroide poderia ter eliminado uma grande cidade se tivesse caído na Terra, disse Paul Cox, engenheiro do telescópio Slooh.


De acordo com os cientistas, existe uma chance em 10.000 de que um grande asteroide ou cometa (com diâmetro maior que 2 km) colida com o nosso planeta ainda neste século, desmantelando a biosfera e matando uma larga fração da população que aqui vive. E as más notícias não acabam aí. Especialistas estimam que a queda de um corpo medindo mais de 140m de diâmetro já seria suficiente para provocar danos irreparáveis à vida na Terra. Como esses corpos menores são muito mais abundantes no espaço do que os grandes asteroides e cometas, a chance de choque é também maior.


Apesar dos riscos nada desprezíveis, não há qualquer movimentação ou plano multilateral patrocinado pelas Nações Unidas para nos proteger dessa possibilidade real, ainda que o poder destrutivo de um cometa ou asteroide que porventura caia sobre nossas cabeças seja muito maior que a pior hipótese de aquecimento global. Como é pouco provável que os arautos do apocalipse e os próceres da "governança global" não estejam cientes disso, a questão que se coloca, de imediato, é: por que tanta paranoia com o clima e tanto descaso com uma ameaça potencial muito maior?


O problema - sou capaz de apostar - é que não se pode culpar o capitalismo pela existência de asteroides rondando a Terra.


Por João Luiz Mauad



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