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Scot Consultoria

Lá e cá, as armas


Segunda-feira, 28 de janeiro de 2013 - 10h51

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


O presidente Barack Obama apresentou na quarta-feira aos americanos uma série de medidas administrativas com vistas a regular ainda mais a aquisição de armas naquele país. Aproveitando-se da comoção nacional pela morte de dezenas de crianças, numa escola em Newtown, Connecticut, há 30 dias, o presidente tenta atropelar a Segunda Emenda da Constituição - nada muito diferente do que costumam fazer, frequentemente, alguns líderes bolivarianos da América Latina. Segue à risca, aliás, a filosofia "progressista" daquele governo, segundo a qual as crises são oportunidades de fazer coisas que não se podem fazer em tempos normais.


Como de hábito, a imprensa brasileira, tiete de Obama, deu grande destaque à notícia, destacando a coragem e determinação do presidente para acabar com os massacres de crianças nos EUA. Esta mesma imprensa, no entanto, deixa de noticiar uma série de episódios em que o porte de armas tem salvado centenas de vítimas naquele país. No último desses episódios, noticiado inclusive pela rede "chapa-branca" CNN, uma mulher, no estado da Georgia, rechaçou um bandido que invadiu sua casa, salvando a própria vida e a de seus dois filhos pequenos.


Segundo o Xerife do condado onde ocorreu o fato, caso a mulher não tivesse armas em casa, provavelmente ele estaria com um caso de triplo homicídio nas mãos, ao invés de um caso de legítima defesa. Uma postura, por sinal, bastante diferente da postura contumaz de seus colegas brasileiros que, não raro, baseados em leis esdrúxulas, transformam em criminosas as verdadeiras vítimas, como destacou o jornal O Estado de São Paulo em recente editorial:


Mas o discurso das campanhas de desarmamento transformou o ato de se defender em uma violência equivalente à cometida pelos bandidos - se não pior, porque os criminosos, de acordo com o sociologuês acadêmico que pauta esse debate, agem porque são vítimas do "sistema", enquanto os indivíduos que se defendem usando armas de fogo são, estes sim, elementos violentos. Somente neste ano, três inocentes que reagiram a assaltantes armados foram processados por crime de homicídio doloso triplamente qualificado. Em um dos casos, uma senhora de 86 anos cuja casa estava sendo assaltada, em Caxias do Sul (RS), pegou um velho revólver calibre 32 e conseguiu matar o ladrão a tiros. Como a arma não tinha registro, ela foi indiciada e se tornou ré, apesar de ter somente tentado proteger sua vida e seu patrimônio. Trata-se de um episódio exemplar dessa "equalização moral" entre bandidos e vítimas.


Esperemos que as tentativas bolivarianas de Obama para reescrever a Constituição dos Estados Unidos sejam devidamente bloqueadas pelo Congresso.


Por João Luiz Mauad



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