Para os frigoríficos, 2012 foi dez!

Este ano tem sido bom para a indústria frigorífica de carne bovina. A margem de comercialização (diferença entre preço de compra do boi e de venda dos produtos originados do abate) está de bom tamanho, o fluxo de oferta de boiadas foi quase constante em todos os meses e assistimos à retomada das exportações.

Com base no Equivalente Scot Desossa, indicador que mede a margem dos frigoríficos com a venda de carne sem osso, couro, sebo, todos os miúdos, derivados e subprodutos bovinos, calculamos o desempenho no mercado interno.

O que percebemos é que, historicamente, as margens estão boas.

Em 2012 até novembro, a margem dos frigoríficos ficou em média, em 26,9%, 7,8 pontos percentuais maior que no mesmo período em 2011. Veja a figura 1.

Cabe ressaltar que a margem não é lucro, uma vez que não são considerados os custos de produção do frigorífico.

A oferta de boiadas para abate está maior este ano e vem sendo o principal componente para a geração desta margem favorável.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisando os abates inspecionados, no primeiro semestre de 2012 foram abatidas 14,84 milhões de cabeças de bovinos, aumento de 4,8% na comparação com o mesmo período de 2011, quando foram abatidas 14,17 milhões de cabeças.

Vale reforçar que os dados do IBGE contemplam apenas os abates formais, ou seja, com algum tipo de inspeção, municipal, estadual ou federal.

A exportação também tem ajudado. Apesar da queda do preço médio da carne bovina brasileira, o aumento do volume embarcado permitiu um bom faturamento.

Em resumo, para os frigoríficos bem administrados, 2012 foi dez!