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Scot Consultoria

O Artigo primeiro tem que cair


Terça-feira, 29 de maio de 2012 - 16h25

Amazônida, engenheiro agrônomo geomensor, pós-graduado em Gestão Econômica do Meio Ambiente (mestrado) e Geoprocessamento (especialização).


Caros, o Diário Oficial do dia 28/05 trás o texto no Novo Código Florestal brasileiro sancionado com os vetos e a Medida Provisória que tenta tapar as lacunas deixadas por eles. Mas não apenas isso. O Diário trás também as justificativas da presidência da Republica para cada um dos vetos feitos no texto aprovado pelo Legislativo. Isso significa que o presidente do Senado, que ocupa também a presidência do Congresso, já pode convocar a sessão do Congresso Nacional para a apreciação dos vetos feitos pelo Executivo.


ALGUNS VETOS TERÃO QUE SER DERRUBADOS. O veto ao Artigo primeiro terá que ser derrubado. O governo vetou o texto do artigo primeiro do relatório Rabelo e substituiu através da Medida Provisória publicada hoje o texto do Senado que foi escrito pelas ONGs. O texto do Senado é inconstitucional uma vez que dá diretrizes de caráter geral à lei, o que é ilegal.


De acordo com o Planalto o Artigo primeiro foi vetado porque "não indicava com precisão os parâmetros que norteiam a interpretação e a aplicação da lei." Ocorre que tudo o que não há no texto enviado via MP para substituir o Artigo primeiro é precisão. O artigo tem caráter geral e põe a produção agropecuária como função secundária do imóvel rural. Pelo texto da MP a função principal dos imóveis rurais é preservar mato e não produzir alimentos. Da forma como está o texto será interpretado por promotores públicos e juízes dando importância superior a preservação de florestas do que à produção agropecuária.


O veto do $3º do Artigo 4º joga na ilegalidade toda a produção de arroz em várzea feita há séculos no Rio Grande do Sul, por exemplo. Todos os sistemas de cultivos implantados com a sistematização de várzeas, muitos dos quais feitos com o incentivo do próprio estado brasileiro com o Provárzea, foram simplesmente atirado aos leões.


São apenas dois exemplos que expõem a necessidade da convocação da seção do Congresso para apreciação dos vetos e da mobilização dos produtores rurais e deputados ligados ao setor para a derrubada desses e de outros vetos feitos pelo Executivo.


José Sarney. Esse o nome do homem em quem se deve centrar todas as pressões políticas para a convocação da seção de apreciação dos vetos. Ele não tem prazo para fazê-lo e não sofrerá nenhuma punição se não o fizer. É controlando a atitude do presidente do Congresso que o governo tem evitado a apreciação de todos dos vetos que fez até agora em matérias deliberadas pelo Legislativo.


Se Sarney não se mover, os produtores rurais serão mais uma vez derrotados.



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