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Scot Consultoria

O estado do Amapá e suas prioridades econômicas


Quarta-feira, 25 de abril de 2012 - 15h46

Engenheiro agrônomo formado pela Esalq – USP e consultor agropecuário.


O estado do Amapá tem uma superfície de 142,827 mil km² (2,7% do território da região Amazônica) e população de 669,5 mil habitantes com densidade demográfica de 4,69 hab/km², e está localizado no extremo norte da Amazônia Oriental, sendo composto por 16 municípios, cuja capital é Macapá. Suas fronteiras territoriais são com a Guiana Francesa, o Suriname, o Oceano Atlântico e o estado do Pará.


Atualmente, é composto por 16 municípios, sendo os principais Macapá e Santana. O PIB do estado é da ordem de R$4,5 bilhões (equivalente a 0,2% do PIB nacional). O setor mais representativo na composição do PIB estadual é o de comércio e serviços, com participação relativa de 85,8%.


Na economia do estado do Amapá predominam as atividades do setor terciário, com forte concentração nas áreas urbanas, principalmente na capital Macapá. Por estar localizado estrategicamente numa região de fronteira internacional, o estado do Amapá apresenta uma situação favorável para a realização de parcerias comerciais com os países limítrofes, a exemplo do que já ocorre em relação à Guiana Francesa.


Destacam-se ainda na composição da economia do estado do Amapá as atividades extrativistas tanto vegetais como minerais. No extrativismo vegetal, são exploradas a castanha-do-pará, o palmito e as madeiras. Entre os minerais mais encontrados no estado estão jazidas de manganês, ouro, caulim e granito.


A produção agrícola é limitada. Destaca-se o milho e a mandioca, mas já se despontam alguns sojicultores com 50 sacas / hectare.  Na pecuária, predominam as criações extensivas de búfalos. O setor industrial dedica-se ao processamento das principais riquezas do estado, ou seja, a extração mineral, a madeira e também a pesca.


Atualmente, a produção anual da Amcel, que planta 110 mil hectares entre pinus e eucalipto, produz em sua fábrica de Santana, AP, o equivalente a mais de 1 milhão de toneladas,  que é destinada aos EUA, Japão e Europa. A fábrica produz cavacos de eucalipto e pinus para fabricação de celulose, chapas e biomassa.


A produção de energia elétrica no Amapá supera o seu consumo doméstico. Entre junho de 1993 e julho de 1994, foram produzidos 451 milhões de kWh de energia, para um consumo local de 220 milhões de kWh.


A principal riqueza do estado do Amapá, o manganês, teve sua exploração iniciada em 1957. Ali se encontram as maiores reservas do país, chegando o estado a extrair 80,0% da produção total de manganês do país na década de 60. Suas jazidas foram arrendadas por 50 anos pela Icomi, Indústria e Comércio de Mineração, do grupo Bethlehem Steel, que paga royalties de 4% a 5% do valor do minério extraído ao governo local, sendo as encomendas asseguradas por um contrato com o Defense Materials Procurement Agency, órgão governamental norte americano.


A renda dos royalties do manganês foi destinada à construção da usina de Paredão, para assegurar base energética às indústrias que vierem a ser ali instaladas. A mineração do manganês provocou deslocamento de mão de obra e contribuiu consideravelmente para o aumento da população no estado, antes território administrado pelo governo federal. Essa empresa construiu uma estrada de ferro com capacidade para 700 mil toneladas de minério e 200 mil toneladas de outros tipos de mercadorias, assim como um porto, a que podem ter acesso navios de até 45 mil toneladas.


Outras riquezas minerais, além do manganês, o Amapá tem também grande reserva de recursos naturais que incluem minerais como o ouro, explorado nos garimpos dos Rios Calçoene, Cassiporé e Igarapé de Leona, além do rico veio existente no Rio Gaivota. Diamantes são também muito encontrados na região de Santa Maria. A 80 km da capital, Macapá, existe uma jazida de 9,6 milhões de toneladas de hematita, com 70% de ferro, explorada pela empresa Hanna Company.


Nos últimos 5  anos  as  terras do estado  valorizaram mais que  680%.  Porcentagem que supera a valorização no Mato Grosso.


A companhia Docas de Santana poderá receber um alto volume de investimentos nos próximos meses. Consultores da empresa mato-grossense Fiagril Comércio e Representações Ltda. estiveram na última semana conhecendo as instalações do porto, com o intuito de utilizá-lo para exportação.



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