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As eleições norte-americanas e o enterro de Keynes


Quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012 - 17h53

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Por Marcus Vinícius de Freitas As eleições norte-americanas ensejam uma discussão mundial a respeito do seu resultado. Impressiona observar como tal evento é tão intensamente discutido e o nível de “desnudamento” pela qual passam os pretendentes a ocupar a cadeira de presidente na Casa Branca. Embora somente norte-americanos votem, tem-se claramente a impressão de que se está escolhendo o xerife da ordem internacional, apesar de muitos apregoarem o suposto declínio dos Estados Unidos. Os dois maiores adventos deste início de século XXI, sem dúvida, são: (i) a consolidação do processo de globalização, que muitos acreditavam que diminuiria em função da crise financeira de 2008 e, de fato, não ocorreu; e (ii) a ascensão da China como potência mundial. Estes dois fatores constituem elementos importantes da discussão eleitoral na questão da política externa dos Estados Unidos, uma vez que, apesar de sua economia ainda se encontrar em recessão, os resultados destes dois fenômenos podem ampliar o período de duração da crise. Agora, um elemento essencial do quadro eleitoral é a confirmação de que – apesar de muitos afirmarem a ressurreição de Keynes, com o aumento do intervencionismo estatal - se observa, atualmente, que, tão rápido como ressurgiu, Keynes agora retorna à sepultura, com a efetiva comprovação de que a maior intervenção estatal, de fato, não gera os resultados tão esperados. Estes três aspectos constituem fatores essenciais do debate presidencial dos Estados Unidos. A escolha comprovará se Keynes ainda respirará contente, com a reeleição de Obama, a continuidade da intervenção estatal, e o aumento da dívida interna, ou se encontrará o seu descanso final, no caso de um republicano ser eleito. Tudo leva a crer que os Estados Unidos seguirão sua tradição de menor intervenção estatal no domínio econômico e que muitas das medidas de intervencionismo serão rechaçadas pelo fato de impedirem a retomada rápida do crescimento econômico. Entre mortos e feridos, a crise comprovou, uma vez mais, que o Estado e a dependência dele constituem a pior das apostas para viabilizar a evolução rápida do quadro econômico e político.
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