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Scot Consultoria

Ventos da mudança


Segunda-feira, 31 de outubro de 2011 - 14h42

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Toda sexta-feira me deparo com o mesmo desafio: a escolha do assunto para este comentário do dia. Temas cabeludos nunca faltam. Por exemplo: Mais uma queda de ministro por escândalo de corrupção no governo Dilma. Já é o quinto ministro que cai por corrupção em menos de um ano de governo, graças ao papel vigilante da imprensa, a mesma imprensa independente que os petistas querem calar e chamam de “golpista”. Ou poderia falar também do pacote de “resgate” europeu, que empurrou o problema com a barriga uma vez mais sem endereçar os verdadeiros pontos estruturais, e ainda diz que corte “voluntário” de 50% no valor da dívida não é calote. Mas é sexta-feira, véspera de sábado, e um raio de esperança costuma invadir meu dia pela manhã, lançando-me em busca de alguma notícia boa para relatar. Achei uma! É preciso procurar com esmero, é verdade. E confesso que recebi a dica de outra pessoa. Mas, ainda assim, tenho um assunto bom para comentar. Estampa o Correio Braziliense: “Alunos sem ligação com siglas políticas vencem eleição do DCE na UnB”. Resultado surpreendente. Bem no ninho da cobra, na Universidade de Brasília, reduto das esquerdas organizadas, o Diretório Central dos Estudantes, pela primeira vez desde a redemocratização, foi para uma chapa de “direita”. A chapa “Aliança pela Liberdade” derrotou as demais chapas dos esquerdistas tradicionais, ligados ao PSTU, PSol e PT. Ou seja, os dinossauros de sempre, jovens que aprendem desde cedo que o caminho para o “sucesso” no Brasil passa pela bravata, pelo brado de slogans marxistas, pelo uso de camisetas vermelhas com a foto de Che Guevara e muita baderna. Esta garotada aprendeu que basta isso, em vez de estudar, para se tornar um ministro ou deputado no futuro, e ficar rico como um burguês insensível, desfrutando das benesses que só o capitalismo pode oferecer, pois ninguém é de ferro. Talvez seja este um dos únicos lados positivos de aturar o PT no poder: expor a hipocrisia dessa esquerda que sempre tentou monopolizar os fins nobres no grito. A postura patética da UNE durante o governo petista, de silêncio sepulcral diante dos infindáveis escândalos de corrupção, acabou por despertar muitos jovens do sono ideológico. Esta cambada de oportunista não os representa! Onde estão os membros da UNE agora que o ministro comunista pede para sair, envolto em acusações com evidências de corrupção? Finalmente muitos alunos estão abrindo os olhos, cansados desta safadeza nos diretórios estudantis. E acontecer isso justamente no epicentro da podridão, em Brasília, é notícia que merece um comentário diário sim. Parabéns, alunos da UnB, por nos darem alguma esperança de que as coisas podem melhorar! São os ventos da mudança... - Por Rodrigo Constantino, diretor do Instituto Liberal.
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