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Scot Consultoria

Estudo do BID mostra que o fim do desmatamento prejudica os pobres


Segunda-feira, 31 de janeiro de 2011 - 15h13

Amazônida, engenheiro agrônomo geomensor, pós-graduado em Gestão Econômica do Meio Ambiente (mestrado) e Geoprocessamento (especialização).


Agricultores da América Latina e Caribe terão perdas de bilhões de dólares em suas receitas nas duas próximas décadas se for instituída uma proibição total do desmatamento, o que destaca a necessidade de ações compensatórias para aliviar a pobreza nas áreas rurais afetadas, de acordo com novo estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), divulgado no final de janeiro de 2011. Os países menores da América Central e Caribe, com menos alternativas econômicas dentro e fora da agricultura, sofreriam de maneira desproporcional com a proibição, de acordo com o estudo Agriculture Greenhouse Emissions in Latin America and the Caribbean), que foi apresentado ontem (28/01/11) durante um seminário na sede do BID na cidade de Washington, Estados Unidos. O estudo prevê que uma hipotética proibição total do desmatamento de florestas tropicais para a agricultura na América Latina e do Caribe, poderia gerar grandes perdas agrícolas potenciais nessas áreas. Por exemplo, em 2030 os agricultores receberão US$12,7 bilhões (em dólares de 2000) a menos do que poderiam receber sem a proibição. A compensação que poderia ser obtida através da venda de créditos de carbono cobriria pouco mais da metade das perdas agrícolas totais associadas à proibição. A América Latina e o Caribe estão sob intensa pressão para ampliar a produção agrícola de modo a atender a crescente demanda mundial por alimentos, biocombustíveis e ração animal, que segundo as expectativas, deve subir entre 50% e 85% no período de 2009 a 2030. O estudo é parte dos esforços contínuos do BID para melhorar as informações e o entendimento sobre os custos e benefícios potenciais de políticas de mitigação e adaptação à mudança climática. “Nosso estudo apoia outros estudos empíricos que indicam que a renda potencial que as populações pobres rurais poderiam receber pela proteção da floresta é muito menor que a renda que costumam obter desmatando a terra para plantar", disse Eirivelthon Lima, Economista de Recursos Naturais do BID, que coordenou o estudo ao lado de Stephen A. Vosti, economista da Universidade da Califórnia. "Uma proibição total do desmatamento nos trópicos da América Latina e do Caribe exigiria, portanto, políticas compensatórias para tornar a proibição viável e evitar o aumento da pobreza local." Fonte: Banco Interamericano de Desenvolvimento
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