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FMI piora projeções para economia do Brasil e deixa de ver crescimento em 2017


Quarta-feira, 20 de janeiro de 2016 - 06h00

O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou a perspectiva de contração da atividade econômica brasileira em 2016 e não vê mais retomada do crescimento em 2017, o que vai pesar sobre a economia mundial como um todo.


O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve sofrer retração de 3,5% este ano, ante projeção de contração de 1,0% feita em outubro.


Isso depois de ter encolhido 3,8% em 2015, em estimativa também revisada para baixo de queda de 3,0% antes, segundo atualização do relatório "Perspectiva Econômica Global" divulgada na terça-feira (19/1).


Já em 2017, o FMI aponta que o Brasil deve registrar estagnação econômica, deixando de ver expansão de 2,3% como antes.


A entidade cita em relação ao país "a recessão causada pela incerteza política e contínuas repercussões da investigação na Petrobras", o que está sendo mais profundo e prolongado do que se esperava.


Com isso, o desempenho da economia brasileira fica bem aquém da região de América Latina e Caribe como um todo, cujas expectativas são de recuo de 0,3% do PIB em 2016 e crescimento de 1,6% no ano seguinte.


A economia brasileira pesou sobre as estimativas para o crescimento global, que foram reduzidas em 0,2% tanto para 2016 quanto para 2017, respectivamente para expansão de 3,4% e 3,6%.


"Essas revisões refletem de maneira substancial, mas não exclusivamente, uma retomada mais fraca nas economias emergentes do que previsto em outubro", completou o FMI, citando ainda os preços mais baixos do petróleo e a expectativa de estabilização dos Estados Unidos em vez de recuperação da força.


Para o FMI, os mercados emergentes e economias em desenvolvimento estão enfrentando agora uma nova realidade de crescimento mais baixo, com forças cíclicas e estruturais afetando o tradicional paradigma de crescimento.


As previsões para esse grupo de países também foram reduzidas em 0,2% em cada ano, mas ainda assim a expectativa é de crescimento de 4,3% em 2016, acelerando para 4,7% em seguida.


O FMI destacou a necessidade de gerenciar as vulnerabilidades e reconstruir a resiliência contra potenciais choques, impulsionando ao mesmo tempo o crescimento dessas economias.


"Em uma série de exportadores de commodities, reduzir os gastos públicos enquanto se eleva sua eficiência, fortalecer as instituições fiscais e elevar as receitas não relacionadas a commodities facilitará o ajuste para receitas fiscais mais baixas", trouxe o relatório.


As projeções do FMI para a atividade econômica brasileira, que enfrenta forte recessão em um cenário de inflação e juros elevados agravado por uma crise política, são piores do que as de economistas de instituições financeiras. Pesquisa Focus do Banco Central aponta que eles veem retração de 2,9% em 2016 e crescimento de 1,0% no ano que vem.


Fonte: Reuters. 19 de janeiro de 2016.



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