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Scot Consultoria

Dólar alto compensa queda em Chicago, e commodities sobem no Brasil


Sexta-feira, 31 de julho de 2015 - 05h59

Quando tudo parece desmoronar na economia do país, o agronegócio volta a respirar devido a esses problemas econômicos.


Os preços internos da soja se descolam dos da Bolsa de Chicago - praça formadora dos preços internacionais dos grãos - e continuam subindo, mesmo com a queda naquela Bolsa.


Daniele Siqueira, analista da AgRural, diz que, apesar da queda em Chicago, a alta do dólar faz os negócios "rolarem" no Brasil.


Siqueira diz que o mercado brasileiro primeiro foi favorecido pela alta de preços em Chicago, que perdurou de meados de junho a meados de julho.


Essa alta foi provocada pelo clima nos Estados Unidos e pela redução dos estoques norte-americanos de soja.


Quando os preços começaram a cair na Bolsa de Chicago, a alta interna foi mantida devido à depreciação do real.


O primeiro contrato da soja recuou de US$10,25 por bushel (27,2 quilos) no dia 15 deste mês para US$9,83 na quarta-feira (29/7). A queda foi de 4%.


Nesse mesmo período, as saca de soja subiu de R$66,00 para R$70,00 em Cascavel (PR); de R$62,00 para R$64,00 em Rio Verde (GO); e de R$55,50 para R$58,00 em Sorriso (MT).


No porto de Paranaguá, importante saída do produto para o mercado externo, a saca de soja subiu de R$71,00 para R$76,00.


Com essa evolução positiva dos preços, os produtores aceleraram as vendas da oleaginosa. Em maio, conforme dados da AgRural, as vendas de soja da safra 2015/16 somavam 6% do total que deve ser produzido.


No final de junho, as vendas já atingiam 17%, e os dados deste mês, ainda não disponíveis, deverão apresentar nova aceleração, segundo Siqueira.


O produtor ganha nos preços de parte dos grãos que comercializa, mas, como ocorre com os demais setores da economia, vai sentir no bolso a elevação dos custos.


Essa elevação virá também como efeito do próprio dólar, já que boa parte dos insumos é importada.


Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon. 30 de julho de 2015.



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