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IPCA-15 surpreende e tem maior alta para junho em quase 20 anos, de 0,9%


Sexta-feira, 19 de junho de 2015 - 16h31

Pressionada pelos preços de alimentos e despesas pessoais, a prévia da inflação oficial brasileira acelerou ainda mais em junho, acima do esperado e a maior taxa para esses meses em quase duas décadas, deixando mais complicada a tarefa do Banco Central de manter sob controle as expectativas de alta de preços.


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 0,9% neste mês, bem acima do avanço de 0,6% visto no mês anterior e a maior para junho desde 1996 (quando foi de 1,1%), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (19/6).


Com isso, o indicador acumulou em 12 meses alta de 8,8%, a maior desde dezembro de 2003, quando avançou 9,9%.


Em pesquisa Reuters, pela mediana dos especialistas consultados, era esperada alta do IPCA-15 de 0,9% na base mensal e de 8,7% em 12 meses.


Segundo o IBGE, o principal vilão do IPCA-15 neste mês foram os preços de Alimentação e bebidas, que subiram 1,2% sobre maio, respondendo por 0,3 ponto percentual do índice geral. Destaque para os preços de cebola (+40,3%) e tomate (+13,0%).


Já o grupo com maior variação foi o de Despesas pessoais, que mostrou inflação de 1,8%, fortemente influenciada pelos jogos de azar, com alta de 37,8% no mês. Este item, ainda segundo o IBGE, foi o que mostrou o maior impacto no indicador individualmente, com 0,1 ponto percentual.


O IBGE também continuou mostrando os preços de energia elétrica em alta, de 1,1% neste mês. Esse serviço vem mantendo a inflação sob pressão após série de aumentos de impostos e tarifas do setor.


Com a inflação persistentemente alta, o BC destacou a necessidade de "determinação e perseverança" no combate à alta dos preços, e parte dos especialistas acreditam que o aperto monetário será ainda mais intenso do que o esperado antes.


Pesquisa Focus do BC mostra que a expectativa é de que o IPCA encerre o ano a 8,8%, com a Selic terminando a 14,0%. Já o mercado futuro de juros, com o resultado do IPCA-15 deste mês, passou a ver a Selic encerrando este ano a 14,8%. Até a véspera, as apostas eram de 14,5%.


Fonte: Reuters. Por Patrícia Duarte. 19 de junho de 2015.



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