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Paraná deve colher 17,0 milhões de toneladas de soja no verão


Quarta-feira, 24 de setembro de 2014 - 09h19

A semeadura da safra 2014/15 de soja já começou no Paraná. Para este ciclo, segundo estimativa do Departamento de Economia Rural (DERAL), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), a área plantada com a oleaginosa deve cobrir 5,04 milhões de hectares, 5,0% superior se comparado ao mesmo período do ano passado. Em produção, a previsão do DERAL é de que sejam colhidas 17,14 milhões de toneladas do grão, 18,0% a mais em relação à temporada anterior.


Em termos de rendimento de área, a produtividade média esperada para o ciclo 2014/15 é de 3.339 quilos por hectare (kg/ha), contra 2.935kg/ha contabilizado no período 2013/14. Ainda não há dados sobre a área já semeada até o momento, uma vez que o vazio sanitário, período em que não é permitido o plantio da oleaginosa, terminou no dia 15 de setembro. O objetivo do vazio é quebrar o ciclo biológico do agente que causa a ferrugem asiática.


Gilda Bozzi, economista da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), afirma que a área de soja cresceu sobre a área de milho, commodity que vem perdendo competitividade no mercado devido aos baixos preços. Para a soja, mesmo com registros de depreciação do preço no decorrer dos últimos meses, ainda continua rentável.


De acordo com dados do DERAL, em agosto, o preço da saca de 60 quilos da oleaginosa fechou em R$56,11, ante R$56,40/saca registrado no mês anterior e R$59,85/saca contabilizado em agosto de 2013.


O maior preço da commodity registrado neste ano foi em março, quando a saca chegou a ser negociada a R$63,36. Gilda avalia que o anúncio da safra de soja recorde nos Estados Unidos, estimada em 106,0 milhões de toneladas, poderá reduzir ainda mais o preço da oleaginosa devido ao aumento nos estoques internacionais.


Para que o produtor continue competitivo no mercado com o preço da soja pouco atrativo, a economista da FAEP aponta que ele deverá investir na melhoria da administração das contas da propriedade, tentando reduzir principalmente os custos de produção.


Além disso, a economista observa que apostar em tecnologias de ponta, com o foco no aumento da produtividade da área, também é uma saída. Com esse investimento, o agricultor acaba ganhando no volume. "Tem que investir para ganhar", completa a economista.


Em termos de comercialização, Gilda avalia que ainda é muito cedo para se falar no assunto, até porque ainda está sendo vendida a soja da safra passada. Segundo dados da FAEP, até agora, 83,0% do grão do ciclo 2013/14 foi comercializado. E o restante, completa a economista, segue em ritmo lento de negociação devido aos baixos preços.


Fonte: Folha. Por Ricardo Maia. 23 de setembro de 2014.



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