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Mato Grosso: chuvas surpreendem entressafra e pegam produtor em plena colheita


Segunda-feira, 28 de julho de 2014 - 09h05

Os produtores rurais foram pegos de surpresa com a chuva que caiu em mato grosso na semana do dia 20 de julho de 2014. De acordo com a Somar Meteorologia, a frente fria que avançou do sul para o sudeste carregou umidade da Amazônia e, assim, formou-se um corredor de nuvens carregadas entre o norte e o sudeste do Brasil, em cima de mato grosso. Com o enfraquecimento do fenômeno El Niño, esta frente fria foi mais forte que outras, causando a chuva no estado em um período atípico.


Além de atrapalhar o ritmo da colheita de milho, que ultrapassa a casa dos 50,0% no estado, a umidade pode trazer consequências graves se não for dada atenção especial às plantas guaxas. "A chuva deixa o ambiente ainda mais propício para o nascimento de plantas voluntárias, que podem ser ponte verde para a ferrugem asiática", alerta o diretor técnico da associação dos produtores de soja e milho de mato grosso (APROSOJA/MT), Nery Ribas.


O cuidado com as lavouras e com áreas nas rodovias próximas às propriedades já está no calendário dos produtores rurais de mato grosso, que precisam destruir a soja guaxa especialmente no período do vazio sanitário, que é de 15 de junho a 15 de setembro. Porém, há muita perda no transporte dos grãos da lavoura até os armazéns e pelas rodovias e isto pode favorecer o crescimento de plantas nas vias públicas.


A APROSOJA/MT, preocupada com a sobrevivência destas plantas guaxas, encaminhou pela segunda vez nesta semana ofícios para as prefeituras dos municípios que são núcleos da associação solicitando a destruição das guaxas no perímetro urbano. "Os produtores estão fazendo seu papel, o instituto de defesa agropecuária de mato grosso (INDEA) está fiscalizando e notificando, e agora precisamos que o poder público municipal também aja", diz Ribas.


A associação também procura encontrar uma forma de atuação conjunta com os governos estadual e federal para acabar com a soja guaxa em rodovias. A dificuldade é a extensão da área cultivada com soja em mato grosso. Enquanto a área cultivada com algodão é de 700,00 mil hectares, a soja está presente em 8,20 milhões de hectares e em 90,0% dos municípios mato-grossenses.


"Além disso, precisamos de autorização do instituto brasileiro do meio ambiente e dos recursos naturais renováveis (IBAMA) e do departamento nacional de infraestrutura de transportes (DNIT) para fazer a operação nas rodovias, em locais que não tenham propriedades com soja, como as serras, por exemplo", lembra Nery Ribas. O diretor técnico informa que esta autorização já foi solicitada em anos anteriores, mas não houve retorno positivo.


O delegado coordenador da APROSOJA/MT em sapezal (460,0 quilômetros ao noroeste de Cuiabá), Diego DalMaso, está atento ao trabalho da prefeitura. Segundo ele, depois de receber o ofício da associação, o governo municipal arrancou as plantas. Entretanto, como ainda está sendo realizado carregamento de soja nos armazéns, os grãos caem ao chão e, com a chuva, germinam. "Nós temos que fazer o nosso papel, que é eliminar as guaxas e fiscalizar para que os outros envolvidos façam a sua parte", frisa DalMaso.


Fonte: Diário de cuiabá. 25 de julho de 2014.



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